A queda brusca de temperatura no Grande ABC provocou corrida dos consumidores aos estabelecimentos comerciais em busca de itens que amenizem o frio intenso. Entre os mais procurados estão os aquecedores, que praticamente sumiram das prateleiras.

A equipe do Diário percorreu nove lojas na tarde de ontem e não encontrou o aparelho em nenhuma delas. Para se ter ideia do crescimento da demanda, a Via Varejo, controladora das marcas Casas Bahia e Pontofrio, informa que as vendas nos estabelecimentos das duas bandeiras tiveram aumento de 200% na última semana na comparação com o fim de maio.

Funcionários de lojas localizadas na Rua Coronel Oliveira Lima, em Santo André, informaram que alguns modelos chegaram às prateleiras nesta semana e já acabaram. Em alguns locais não há previsão exata de entrega porque os fornecedores não estão conseguindo entregar tudo.

A analista de recursos humanos Bruna Mendes foi à loja Mais Valdir em busca do equipamento, mas não achou nenhum. “Estou procurando um aquecedor para a minha avó. Fui informada que a previsão de reposição de estoque é amanhã (hoje)”, comenta. Na Miamor, também no calçadão da Oliveira Lima, empregados disseram não saber quando deverão chegar mais unidades.

Quem procurou o aparelho em São Bernardo também não encontrou. Caso da empresária Marli Lazzuri Pezzolo, 62 anos. “Rodei a (Rua) Marechal Deodoro inteira, mas não achei. Creio que as lojas não estavam preparadas para essa demanda. Afinal, quem irá estocar aquecedor em um País tropical?”, questiona.

Mesma situação ocorre nos shoppings. Na Preçolândia do Grand Plaza, em Santo André, por exemplo, funcionários informaram que todos os equipamentos foram vendidos durante o fim de semana e que deverão chegar outros nos próximos dias. Em outra loja, segundo os trabalhadores, o depósito já não tem mais peças para reposição.

Em média, os aquecedores custam entre R$ 100 e R$ 239, dependendo do tipo. A Via Varejo informa que já está “reforçando rapidamente seus estoques para atender seus consumidores”. O Magazine Luiza não informa o percentual de elevação nas vendas, mas reconhece que houve aumento em razão das quedas nas temperaturas e que, “como nos últimos anos o frio não foi tão intenso como esse, os fabricantes não estavam preparados” para atender à demanda.