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Papa é contra liberalizaçao da droga
Do Diário do Grande ABC
20/10/2000 | 15:26
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O Papa Joao Paulo II condenou nesta sexta-feira qualquer forma de liberalizaçao da droga, seja parcial ou total, criticando inclusive o método de ``combater a droga com a droga' para curar os viciados.

O Papa pronunciou sua condenaçao na Praça de Sao Pedro perante um grupo de 20 mil pessoas, jovens e adultos, que viveram a experiência da droga e conseguiram superá-la.

A audiência especial com o Papa foi organizada pela Comunidade Encontro, fundada há 37 anos em Roma pelo sacerdote Pierino Gelmini e que conta com centros especializados contra o vício em numerosos países, entre eles Espanha, Costa Rica e Bolívia.

``A Igreja caminha ao lado de todos aqueles que estao comprometidos na luta contra a droga', afirmou o pontífice.

``A Igreja sempre afirmou que se drogar nao é uma soluçao e volto a repetir com força em frente àqueles que querem liberalizar as drogas e convertê-las parcialmente em lícitas, ao acharem que o livre acesso a essas substâncias contribui para limitar os danos que causa às pessoas e à sociedade', afirmou o Papa.

``Nao se combate a droga com a droga', disse o Papa, ao acrescentar que ``os que passaram por essa experiência sao testemunhas de que se drogar nao é senao rejeitar a si mesmo e a sociedade'.

Para o chefe da igreja católica, se chega ``à droga como consequência de uma vida interior vazia de quem perdeu a orientaçao e está caindo no desespero', disse.

``Por essa razao nao é possível combater a droga com a droga, o que se necessita é uma vasta campanha de prevençao para substituir a cultura da morte pela cultura da vida', assinalou.

``É preciso oferecer aos jovens e às suas famílias razoes concretas para que consigam compromissos e ajudá-los em suas dificuldades diárias', afirmou o pontífice.

No final da audiência, Joao Paulo II conversou com um grupo de 15 pessoas, entre elas jovens e personalidades políticas, que apóiam o trabalho dos Centros Encontro no mundo.

Segundo os dados entregues ao Papa pela entidade, só na Itália mais de mil pessoas morrem por ano por causa da droga. Uma série de novos centros serao abertos em Nova York, Casaquistao e no centro da Itália.

A comunidade conta com 223 centros, dos quais 173 na Itália e 51 no exterior e aloja mais de 10 mil pessoas que tentam se liberar do vício da droga.




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