No ano passado, a Porsche chegou oficialmente ao Brasil e, com ela, a possibilidade de avaliação de seus modelos pela imprensa especializada. E a porta de entrada do Diário foi o Panamera. Sim, aquele modelo que eles chamam de sedã de quatro portas, mas, no fundo, tem ares de cupê... Bom, cada um o define como quiser, porém seu luxo e esportividade são incontestáveis.

Por fora, já dá para sentir o clima de ostentação. Da porta para dentro o grandalhão (pois é, são 5,02 metros de comprimento e 2,11 metros de largura, de espelho a espelho) tem couro em tom claro e de altíssima qualidade, isolamento acústico primoroso, além de botões para todo lado. Uns servem para os tradicionais controles do som e do ar-condicionado (de quatro zonas) e outros para mimos como aquecimento de bancos e regulagem das suspensões. É isso aí, os amortecedores pneumáticos são adaptáveis em rigidez e em altura. E basta um clique para ter condução mais suave ou brutalidade total (esta, no modo de condução Sport Plus).

Por falar nisso, o principal responsável pelo comportamento do Panamera em pista é o motor 3.6 V6 de 310 cv. Movido a gasolina, seu torque é de 40,8 mkgf a 3.500 rpm. Potência lhe sobra. E mesmo com mais de 2.000 quilos as arrancadas deste Porsche são mais que vigorosas. São um coice! De acordo com dados da marca, são necessários 6,3 segundos para chegar aos 100 km/h. E a máxima é de quase 260 km/h.

O câmbio PDK de sete velocidades tem dupla embreagem, mas se você prefere aquela pitada (ainda) mais esportiva, dá para trocar as relações por meio das aletas atrás do volante. Aliás, multifuncional, ele tem ótima pegada, mas é pesadão, assim como o carro em si...

Mas agora é hora de falar do preço. Para tirá-lo da revendedora, o interessado precisa desembolsar nada menos que R$ 507 mil (ano/modelo 15/16). E tem mais caros! As versões mais esportivas, por exemplo, que usam outros motores, podem ultrapassar R$ 1 milhão.

Ah! E, como manda a tradição, a ignição fica do lado esquerdo do voltante e o conta-giros é a estrela do quadro de instrumentos. E, pasme, cabem só quatro ocupantes a bordo.