Economia Titulo Retração
Anfavea revê projeções e espera queda de 5,5% na produção de veículos em 2016

Em janeiro, associação previa alta de 0,5% na fabricação de unidades até o fim deste ano

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
07/06/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) anunciou ontem que revisou para baixo as projeções de produção e venda de veículos zero-quilômetro em 2016. Em janeiro, a entidade previa que, ao fim do ano, o total de unidades fabricadas no País fosse 0,5% maior do que em 2015. Agora, a estimativa é a de que haja retração de 5,5% ante o ano anterior, quando 2,429 milhões de carros saíram das linhas de montagem.

Em relação às vendas, a Anfavea passou a considerar o cenário de que, em dezembro, seja contabilizada queda de 19% em relação a 2015, ano em que 2,154 milhões de veículos nacionais foram licenciados em todo o Brasil. Em janeiro, a projeção era a de que a redução fosse de 7,5%.

“As novas previsões consideram as dificuldades do cenário econômico neste começo de ano, que afetaram negativamente as vendas de veículos leves e pesados”, comenta o presidente da Anfavea, Antonio Megale.

O único prognóstico que foi revisto para cima foi o de exportações: no início do ano, a expectativa era a de que, ao fim de 2016, o número de unidades mandadas para fora do País aumentasse 8,1% em relação às 416,9 mil de 2015. Agora, a associação prevê alta de 21,5%. Megale atribui esse possível crescimento à busca da indústria brasileira por novos parceiros comerciais e ao câmbio, já que, no primeiro semestre, o real está mais desvalorizado em relação ao dólar na comparação com 2015.

BALANÇO

Entre janeiro e maio, a produção de veículos no País teve queda de 24,3%, passando de 1,1 milhão para 834 mil unidades. Considerando apenas carros de passeio e comerciais leves, a retração foi de 24%. Já entre os caminhões, houve decréscimo de 29,2% (de 36,3 mil para 25,7 mil).

O estoque de veículos parados nos pátios caiu de 250 mil para 236,4 mil, o que, pelas condições atuais de mercado, seriam necessários 42 dias para eliminar o excedente.

A consequência do desaquecimento do mercado é o desemprego: em maio de 2015, 138,2 mil pessoas trabalhavam nas montadoras sediadas no Brasil. No mês passado, eram 128 mil funcionários, o que representa queda de 7,4% no nível de mão de obra.




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