Economia Titulo Fomento
Governo federal oferece crédito de R$ 5 bilhões para MPEs

Pacote utilizará recursos do FAT; empresas
da região serão as primeiras a terem acesso

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
07/06/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Municípios da região serão os primeiros do País a terem acesso à linha de crédito de R$ 5 bilhões destinados para financiar o capital de giro das MPEs (Micro e Pequenas Empresas). O anúncio foi feito ontem pelo presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Os recursos são oriundos da União, por meio do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e foram liberados no fim de maio.

“O Grande ABC é o epicentro do desemprego que afeta a indústria. Temos muitos trabalhadores qualificados em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) e MPEs carente de créditos. (Com a liberação,) Daremos oxigênio para as empresas fazerem a travessia (da crise)”, diz Afif.

A medida, além de reaquecer a economia, deve frear o desemprego. Isso porque as MPEs que contratarem o financiamento terão de manter o nível de mão de obra por pelo menos 12 meses. Fora isso, estabelecimentos com dez ou mais funcionários deverão contratar pelo menos um aprendiz, o que deve amenizar as dificuldades enfrentadas hoje por jovens que querem entrar no mercado de trabalho.

Segundo o Sebrae, os recursos já serão liberadas para empreendedores do Grande ABC no dia 17, em feirão que acontecerá a partir das 8h no Senac de São Bernardo.

A nova linha atenderá empresas com faturamento de R$ 360 mil a R$ 3,6 milhões por ano, e terá taxa de juro anual que varia entre 17% e 19,5%. Já o limite de financiamento com recursos dos depósitos especiais do FAT é de R$ 200 mil por contrato, com prazo de pagamento de até 48 meses.

O Grande ABC possui 230 mil empresas, das quais 208 mil são de micro e pequeno portes (90,5%). A maior parte está no comércio (79 mil).

SUPER MEI

Em julho, o Grande ABC sediará feirão voltado para os desempregados. A ideia é dar suporte àqueles que foram demitidos recentemente e que possuem verba rescisória suficiente para investir na abertura de um negócio.

“Reorientaremos os desempregados para que busquem alternativas de trabalhar por conta própria e se formalizem no MEI (Microempreendedor Individual). Vamos disponibilizar cerca de 17 cursos de atividades que estão em falta no mercado”, detalha Afif.

Na avaliação do secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Giovanni Rocco, a ação do Super MEI é voltada, principalmente para trabalhadores em lay-off. “Um ferramenteiro de montadora, por exemplo, vai sair da empresa com indenização altíssima, de R$ 300 mil a R$ 500 mil. O trabalho do Super MEI é indicar o caminho que ele deve seguir, no caso, onde investir.”

Rocco destaca que liberação da linha de crédito para MPEs deve resgatar a confiança dos empresários da região. 




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