Os cefalópodes (classe de moluscos marinhos da qual fazem parte seres como polvos e lulas) parecem têm ganhado cada vez mais espaço no mudo. Segundo estudo revelado no mês de maio na revista científica Current Biology (www.cell.com/current-biology), esses animais se multiplicaram como nunca nos últimos 60 anos.

A observação dos números levou em conta o período entre 1953 e 2013, com análises sendo realizadas de acordo com taxas de capturas dos bichos, uma vez que a pesca é capaz de refletir a mudança de ambientes feita pelos animais. Conclusão: a quantidade de 35 espécies da classe aumentou de forma contínua.

“Sabe-se bem que as populações de cefalópodes podem variar de maneira importante dentro de cada espécie, bem como entre as espécies. Mas o fato de observar um aumento regular em longos períodos de três grupos diferentes de cefalópodes em toda parte nos oceanos do mundo é destacável”, diz Zoe Doubleday, pesquisadora do Instituto de Meio Ambiente da Universidade de Adelaide, na Austrália, uma das autoras dos trabalhos.

Entre as principais características desses seres estão o rápido desenvolvimento, a curta expectativa de vida e um organismo que os ajudam a se adaptar com facilidade a diversos locais. O próximo desafio dos cientistas é descobrir os fatores responsáveis por essa multiplicação. “Isso pode nos dar mais luz sobre o impacto das atividades humanas na mudança dos ecossistemas oceânicos”, explica a pesquisadora.

Pássaro brasileiro raro é redescoberto após 75 anos

Uma das aves mais raras do mundo foi redescoberta. A Columbina cyanopis, popularmente conhecida como rolinha-do-planalto, havia aparecido comprovadamente pela última vez em 1941 e está criticamente ameaçada de extinção. Ela foi avistada novamente em junho do ano passado e o anúncio ocorreu somente em maio.

Trata-se de uma espécie exclusivamente brasileira reconhecida pelos olhos azuis-claros, manchas azuis escuras nas asas e plumagem predominantemente castanho-avermelhada. Seu habitat é a região do cerrado, cuja destruição ao longo do tempo é o principal motivo do desaparecimento do pássaro.

Grupo de pesquisadores planeja maneiras para proteger a vida da rolinha-do-planalto a longo prazo, como a transformação do local onde foi encontrada em área de conservação ambiental.