O número de emplacamentos de veículos zero-quilômetro no País teve ligeira alta, de 2,8% em maio na comparação com abril. Foram licenciadas 4.563 unidades a mais do que no mês anterior. Os números abrangem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus e integram balanço divulgado ontem pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Apesar da pequena elevação, o setor automotivo ainda passa por momento preocupante: foi registrada queda de 26,63% nas vendas no acumulado entre janeiro e maio de 2016 ante o mesmo período do ano passado. Na comparação entre os meses de maio de 2016 e de 2015, houve retração de 21,24%.

Para o superintendente do Sincodiv-SP (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado de São Paulo), Octavio Leite Vallejo, uma das explicações para o aumento na comercialização de abril para maio é o aumento no número de dias úteis de um mês para o outro: de 20 para 22, respectivamente. Portanto, a alta nas vendas ainda não está relacionada a um aquecimento da economia.

Pelo contrário. Para Vallejo, a crise no setor deve se acentuar ainda mais no início do segundo semestre em razão dos Jogos Olímpicos e do desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). “Porém, aos poucos, os consumidores têm recuperado a credibilidade no País. Acredito que um cenário de melhora deverá ter início a partir de outubro.”

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Na soma entre automóveis e comerciais leves, houve alta de 4,08% nos emplacamentos de abril para maio. No acumulado do ano, a queda foi de 25,49%. Os veículos pesados – caminhões e ônibus – tiveram as vendas aumentadas em 2,8% ante o mês anterior, mas somam perdas de 34,48% no ano.