Aporte derradeiro disponibilizado ao Grande ABC partiu da senadora Marta Suplicy, então no PT
A última emenda de parlamentares federais destinada para o Grande ABC foi liberada pela União apenas em 2012, ainda nas gestões municipais anteriores. O saldo é resultado da crise econômica no País durante a administração de Dilma Rousseff (PT), que congelou as indicações impositivas no Orçamento. O aporte disponibilizado, na ocasião, teve assinatura da senadora Marta Suplicy (PMDB, então no PT). Nos exercícios subsequentes – de 2013 até hoje –, não houve transferência de nenhum centavo dos R$ 110,3 milhões sugeridos no Congresso Nacional, como mostrou ontem o Diário.
O levantamento está registrado no sistema de liberação de verbas mantido pelo Senado. A emenda de Marta era no valor de R$ 3,1 milhões para estruturação de unidade de atenção especializada em Saúde no Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini, em Mauá. De lá para cá, somente sugestões que tornaram-se meramente ilustrativas no Orçamento, sem qualquer depósito nas contas municipais. Foram, ao todo neste período, 98 indicações, com tramitação no Legislativo.
Durante o hiato, Miriam Belchior (PT-Santo André), Nelson Barbosa e Romero Jucá (PMDB) estiveram à frente do Ministério do Planejamento – o peemedebista foi exonerado ontem após dez dias no cargo. No que se refere a nomes ligados à região, a emenda derradeira que contabilizou efetivo envio de recursos partiu do deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-Diadema), em 2011. A indicação compreende a quantia de R$ 250 mil para fomento a empreendimentos econômicos solidários em Diadema.
Outras duas emendas saíram em 2011, ambas de relatoria. A primeira, de R$ 1 milhão, para modernização da infraestrutura de esporte recreativo em São Bernardo. Deste montante, a União liberou R$ 25 mil. A segunda, de R$ 3,9 milhões, para expansão do campus de Diadema da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Um dos deputados que contam na lista das indicações, Vanderlei Siraque (PT, atualmente sem mandato) lamentou o atraso ao pontuar que todas estavam conforme os programas e políticas públicas do Executivo. “A grande maioria delas é para a área da Saúde e, na sequência, Educação. Os recursos para a Saúde (por exemplo), além de necessários, são vinculados.”
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