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Conforto e espaço do Citroën C4 Picasso

O motor é turbo, mas o que realmente impressiona no Citroën C4 Picasso é o conforto a bordo

Vagner Aquino
20/05/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


Faz pouco mais de 15 anos que a Citroën passou a produzir, em Porto Real (Rio de Janeiro), a minivan Xsara Picasso. A junção entre design peculiar e funcionalidade rendeu boa repercussão ao modelo, que permaneceu em linha por 11 anos. Mas o tempo passa e tudo precisa ser mudado, inclusive os bons produtos. E foi aí que a marca francesa decidiu trazer (desta vez, importado de sua terra natal, a França) o C4 Picasso, veículo este que ganhou reestilização no ano passado. E nós avaliamos a versão topo (Intensive), de R$ 117,9 mil.

Pelo montante, traz de série central multimídia touch screen de 7”, detector de obstáculos traseiro, rodas de liga-leve com 17” e controle de estabilidade.

Visto de fora, ele foi completamente modificado. Está mais bonito. Agora, tem solução óptica semelhante à da já famosa picape Fiat Toro (filetes em LED na parte de cima e faróis logo abaixo, ladeando a grade frontal). Mas, aqui, a solução ficou mais discreta e, consequentemente, melhor. Lá atrás, as lanternas continuam invadindo a tampa do porta-malas, mas agora são retas.

Porém, o que a Citroën não quis deixar de lado foi o estilo futurista. A gigante área envidraçada permanece em cena, como na geração anterior. Sem contar que o teto Zenith (também presente no C3) deixa o para-brisas 30% maior, dando mais claridade ao interior.

Falando nisso, só o que restou do modelo anterior foi a alavanca de câmbio (automático de seis velocidades) posicionada atrás do volante (multifuncional). De resto, tudo é novo.

O bom acabamento surpreende, assim como as linhas modernas. A parte central do painel engloba o sistema de entretenimento – ponto para a redução de botões, pois agora quase tudo é configurável, como as regulagens do ar-condicionado (automático digital) e do sistema de som (bluetooth, USB e auxiliar), por exemplo.

Na tela acima fica o quadro de instrumentos. Com a vantagem da regulagem do brilho das telas fica mais fácil enxergar em período noturno ou sob sol forte. A ergonomia também merece elogios, assim como os diversos espaços para carregar os trecos do dia a dia. Tem porta-objetos nas laterais, na parte de trás e no console central. Há compartimento, também, sob os tapetes traseiros. E o porta-malas – que tem abertura e fechamento da tampa elétrico – comporta até 537 litros. O entre-eixos tem 2,79 metros.

EM NOME DO CONFORTO
Já de cara dá para notar que o C4 Picasso não veio para entregar esportividade. Então, nada de correria. O motor é o 1.6 turbo de 165 cv, com torque de 24,5 mkgf a 1.400 rpm que, durante o nosso teste, consumiu a boa média de 13 km/l.

Devido ao peso (1.930 quilos), suas arrancadas não são das mais vigorosas. Por outro lado, as retomadas de velocidade não deixam a desejar.

E um dos pontos mais surpreendentes é o silêncio a bordo. O isolamento acústico é tanto que três diferentes pessoas que pegaram carona conosco durante a semana de avaliação fizeram exatamente o mesmo comentário: “Nossa, que carro silencioso!”. Como diz o ditado: A voz do povo é a voz de Deus.




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