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30 anos sobre rodas

Diário comemora três décadas de suplemento voltado ao universo dos automóveis

Vagner Aquino e Ademir Medici
20/05/2016 | 07:00
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Seri/DGABC


Que o Diário nasceu em 11 de maio de 1968, todo mundo sabe. Agora, a comemoração é toda do caderno Automóveis, que completa 30 anos amanhã. Embora você veja, na capa, a inscrição ‘Ano 9’, a história deste suplemento vai muito além...

A primeira edição da publicação destinada aos veículos – então intitulada ‘Automobilismo’ –, surgiu em 1º de junho de 1980. Seis anos depois, dada a importância da região para o setor automotivo nacional, as páginas (eram duas, dentro do conteúdo editorial) transformaram-se em caderno, mais precisamente em 21 de maio de 1986. (A história completa você confere no texto abaixo, escrito por Ademir Medici, que por sua vez escreveu a reportagem de capa do primeiro ''Automobilismo'').

Quem escreveu na primeira edição de ‘Automobilismo’ foi o jornalista André Gomide. “Na época (ainda chamado ‘Veículos e Movimento’) fazíamos avaliações de carros e motos mais detalhadas e, sob a influência do jornal, emplacávamos pautas de interesse público, como série sobre segurança e flagras. Um dos mais relevantes foi o Ford Escort com motor AP”, relembra. “O suplemento é o link do Diário com a região, afinal, no Grande ABC, todo mundo está envolvido com automóveis, seja trabalhando em montadora, seja dono de veículo antigo. As pessoas respiram carros, por isso, é um produto obrigatório”, opina.

Os anos se passaram e o Diário acabou terceirizando a publicação, que voltou com toda força em 28 de setembro de 2005, idealizado por Sueli Osório, que bolou todo o projeto editorial.

Sueli conta que atuou cobrindo o setor automotivo pelo Diário entre 1998 e 2000 – quando o suplemento abrangia as editorias Informática, Imóveis e Automóveis. “Em 2005, fui convidada para voltar ao jornal e, mesmo mantendo o formato tabloide, mudei o conteúdo abordado, incluindo novas seções e tabelas (Fipe).”

Para ela, “o Diário sempre teve vocação para cobrir o segmento, justamente por estar numa região tão importante, próximo às montadoras, o que facilita o acompanhamento da indústria assim como a divulgação dos principais segredos do meio automotivo.”

ONTEM E HOJE
A abordagem de temas como lançamentos, avaliações, comparativos, mercado e cobertura in loco dos principais salões internacionais permanece até hoje, porém, nesse meio- tempo, o suplemento sofreu mudança em relação ao formato – chegou a ser standard.
Por fim, a volta do formato tabloide (em 2013) foi idealizada pelo então editor Marcelo Monegato, que defende esta ideia “por deixar o caderno mais charmoso, prático e passível de exploração de imagens.”

IMPORTÂNCIA
Instalada no Brasil há 97 anos (49 em São Bernardo) a Ford reconhece o suplemento como uma das principais publicações do País. “Ao completar 30 anos de atividade, o caderno Automóveis é exemplo de profissionalismo. Com precisa cobertura do setor automobilístico, o suplemento tem qualidade editorial digna da região onde surgiu a indústria automobilística brasileira”, declara o gerente de imprensa da Ford, Célio Galvão.

Já Paulo Octavio Pereira de Almeida, que é vice-presidente executivo da Reed Exhibitions Alcantara Machado (organizadora do principal evento de carros do Brasil, o Salão do Automóvel), frisa que, “parte da história de sucesso do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo foi registrada nas matérias especiais do caderno Automóveis do Diário, levando aos leitores, e apaixonados por carros, os principais lançamentos do setor. Temos sinergia com o Grande ABC, considerado o berço da indústria automobilística nacional, cuja missão é ajudar a desenvolver o setor. Esperamos que essa parceria dure por muitas décadas.”

Contexto político exigiu reestruturação de informações

A indústria automobilística brasileira, quase que totalmente sediada no Grande ABC, vivia momentos importantes, mesmo que distintos, em 1980 e 1986. A página ‘Automobilismo’, pensada em 1980, em tamanho standard, semanal, foi um sucesso.

Tempos de abertura política. A página jamais deixou de ser publicada pelos anos seguintes. E veio 1986. Tempo de inflação galopante. José Sarney, o vice-presidente eleito indiretamente, assumia os destinos do País, com a morte do titular Tancredo Neves. E lançava o primeiro plano econômico, o Cruzado. A indústria automobilística sofria o baque, mas não desistia. Pelo contrário. Investia em novos modelos.

Jornais de São Paulo e Rio de Janeiro, assim como o Diário, passaram a investir nas áreas de Turismo e Automóveis. E foi assim que as páginas encartadas de automobilismo ganharam novo suplemento, optando-se inicialmente pelo tamanho tabloide. Afinal, dizia-se, o forte da indústria automobilística nacional estava aqui, no Grande ABC. Várias vezes os nossos repórteres deram furos nacionais, fotografando novos modelos ainda em fase de teste. O suplemento próprio nasceu naturalmente. Cresceu. E contribuiu com sua parcela para o próprio desenvolvimento do setor.




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