Política Titulo Áreas públicas
Projeto de venda de terrenos volta à pauta em Sto.André

Administração corre risco de sofrer derrota na Câmara com matéria que tenta aliviar as contas

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
10/05/2016 | 07:59
Compartilhar notícia
Ari Paleta/DGABC


A proposta do governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), da venda de nove terrenos públicos retorna à ordem do dia na sessão de hoje da Câmara. A administração petista corre risco de sofrer derrota no plenário legislativo com o projeto que visa aliviar as contas do Paço. A bancada de oposição demonstra obter votos necessários para derrubar a matéria. Emendas modificativas, protocoladas junto ao texto, evitam a inclusão de grandes espaços, justamente o que garantiria a maior parcela de recursos. A gestão tenta emplacar pelo menos um dos principais imóveis – no total, são dois amplos – para justificar o objeto da ação, que busca angariar cerca de R$ 28 milhões.

Na reunião de ontem, com vereadores da base de sustentação, a discussão veio à tona. Houve debate sobre alternativas para negociar acordo. No último encontro, a decisão se deu para adiar a apreciação. Na semana passada, o secretário de Governo, Arlindo José de Lima (PT), já havia adiantado que o Paço estava aberto para sugestões da Casa, sem descartar retirar áreas do projeto, mas existe sinalização que demover os dois principais terrenos – um na Avenida Industrial e outro na Avenida Giovanni Batista Pirelli – descaracterizaria a proposta. “Estamos conversando (com a base) se a gente consegue viabilizar para votar na terça-feira (hoje) ou mudar (data). Vamos respeitar o clima na Câmara.”

O governo coloca como justificativa que os recursos levantados, em caso de crivo favorável à autorização, serão utilizados para cobrir o estoque de precatórios – o Paço deposita cerca de R$ 6 milhões ao mês com esta destinação – e que os locais não têm projetos para implantação de equipamentos públicos. Se passar na Casa, a ideia da administração é usar o dinheiro que seria para cumprir os pagamentos de dívidas judiciais para outros serviços. A ala oposicionista condena, por sua vez, que as maiores áreas possuem propostas, inclusive, protocoladas junto ao Executivo, além de que o período às vésperas do processo eleitoral não condiz com plano para cobrir rombo, esticando a definição sobre os imóveis.  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;