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Kia Sportage: agora ele é flexível
Vagner Aquino
Do Diário do Grande ABC
15/02/2012 | 07:00
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Divulgação


Mesmo numa época em que não é mais vantajoso abastecer o tanque do veículo com etanol, esse tipo de motor agrada ao consumidor brasileiro, que busca a liberdade de optar por determinado combustível." Com essa frase, o diretor de vendas da Kia Motors do Brasil, Ary Jorge Ribeiro, defendeu o uso da motorização flexível para carros vendidos no País - que já somam 91% dos modelos zero-quilômetro.

E para se adequar aos novos padrões de exigência do cliente, a Kia resolveu lançar seu terceiro veículo com esta configuração de motor, o Sportage. Vale recordar que Picanto e Soul bebem tanto gasolina quanto etanol desde 2011.

O menor utilitário da marca (também estão no portfólio Sorento e Mohave) precisou converter o bloco 2.0 16V para ganhar o sobrenome Flex Fuel. Agora, são 169 cv com o derivado de petróleo (antes 166 cv) e 178 cv se a opção for o combustível vegetal. O torque fica em 20 mkgf e 21,4 mkgf, ambos a 4.700 giros, respectivamente.

NA HORA DA DIREÇÃO

Ainda falando em mecânica, o Sportage abandonou o câmbio manual de cinco marchas e adaptou a transmissão de seis velocidades. Entre os benefícios, isso gera mais economia de combustível. Acerto já feito na caixa automática (avaliada por nós durante o test drive, que possui seis marchas e trocas extremamente macias. Por outro lado, as primeiras relações deixam um pouco a desejar em meio ao trânsito pesado do dia a dia. Os gritos do motor tornam-se constantes.

Outra crítica vai para a suspensão, que merecia atenção especial por parte da engenharia da montadora sul-coreana. Quando o pneu contracena com um buraco, o impacto é passado imediatamente aos ocupantes, e o incômodo é sentido, principalmente por quem está no banco de trás.

Por dentro, nada muda. O espaço se mantém confortável (são 2,64 metros de distância entre os eixos) e o acabamento continua merecendo elogios. Ponto também para a nova direção elétrica, que substitui a hidráulica.

Da porta para fora, a única diferença é a inscrição ‘Flex', que vai na tampa do porta-malas. Agora todas as versões vêm com rodas de alumínio de 18 polegadas - antes, as configurações mais baratas eram equipadas com 16".

Partindo de R$ 90,9 mil (preço que já conta com a nova alíquota de IPI) o Sportage vem com itens como câmbio manual, ar-condicionado, duplo air bag, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem, CD player com MP3 e USB (comandos no volante), trio elétrico e regulagem da altura da coluna de direção. Com câmbio automático, custa R$ 95,4 mil.


Já a configuração topo de linha (R$ 109,3 mil) acrescenta ar-condicionado digital de duas zonas, ajuste elétrico para o banco do motorista, chave smart key (que permite acionar o motor ao toque de um botão no painel), computador de bordo, câmera de ré - cuja imagem traseira é mostrada no canto esquerdo do retrovisor interno -, controlador de velocidade, controle eletrônico de tração, áudio com cabo para iPod, bancos de couro e faróis com filetes em LED para iluminação diurna.

Para colocar na garagem a variante que inclui teto solar elétrico duplo panorâmico e air bags laterais e de cortina, o cliente precisa desembolsar mais R$ 5.300, isto é, R$ 114,6 mil. O Sportage com tração 4x4 perde alguns itens de série, mas não sai por menos de R$ 113,4 mil.

MERCADO


A Kia cresceu 41,2% em 2011, enquanto o mercado não chegou a encostar nos 3% de alta. Isso deu fôlego à marca sul-coreana, que assume a meta de emplacar 14,2 mil Sportage em 2012, aumentando a participação no mix de vendas da marca para 15%, ante os 11% atingidos em 2011. "Para alavancar as comercializações e enfrentar a concorrência (os principais, abaixo), inauguraremos mais oito revendas nos próximos meses, pulando para 170 unidades por todo o Brasil", explica Ribeiro. Não há planos de inaugurar outra unidade no Grande ABC. A última foi aberta no ano passado em São Caetano.




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