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Frio castiga desabrigados no Paquistão
Da AFP
18/10/2005 | 10:53
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As temperaturas noturnas estão muito baixas nas montanhas do Paquistão e a prioridade das autoridades de Islamabad é conseguir centenas de milhares de tendas para os desabrigados. O governo paquistanês pediu a colaboração da Índia, seu adversário histórico, para que forneça parte do material necessário.

Os vôos de helicópteros se intensificaram desde segunda-feira. "O tempo é bom e os vôos serão retomados na manhã de terça-feira", informou o comandante Farooq Nasir, porta-voz do exército paquistanês em Muzaffarabad, capital da Caxemira sob controle do Paquistão.

Os serviços de emergência paquistaneses também avançaram pelas estradas, ao mesmo tempo que os militares se esforçavam para chegar aos deslizamentos de terra que bloqueiam os acessos aos vales dos rios Jhelum, ao sudeste, e Neelum, ao norte.

Na outra região afetada, os soldados avançavam em direção ao norte de Balakot, no vale de Kaghan, onde a estrada principal ficou destruída. "O objetivo é seguir adiante, nas zonas que ficaram isoladas há dez dias", explicou o comandante Nasir.

Os representantes das Nações Unidas destacaram que ainda não foi registrada nenhuma epidemia, mas destacaram que a falta de água potável e instalações sanitárias aumentam os riscos de diarréia e febre tifóide.

Com a aproximação do inverno, a necessidade de tendas de campanha é enorme. "É justo dizer que não existem tendas disponíveis para atender as necessidades", afirmou Andrew McLeod, chefe das operações de emergência das Nações Unidas em Islamabad. No entanto, destacou que o Paquistão é o maior produtor de tendas de montanha no planeta.

Uma porta-voz da ONU, Amanda Pitt, informou que 37 mil tendas foram entregues em uma semana e que o governo paquistanês proporcionou outras 100 mil. "Sabemos que quase 150 mil tendas estão a caminho, mas sabemos que serão insuficientes", afirmou a porta-voz.

Segundo o último balanço oficial do ministério do Interior, o tremor de 8 de outubro deixou 41 mil mortos, 67 mil feridos e 3,3 milhões de desabrigados que enfrentam a chegada do inverno nas zonas montanhosas do norte do Paquistão.




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