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Número de empresas que decreta falência recua 36%
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
07/10/2010 | 07:13
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Em setembro, o número de falências de empresas decretadas no País foi 36% menor do que no mesmo período do ano passado, reduzindo de 89 para 57 a quantidade de negócios que fecharam suas portas. Esse resultado é o melhor para setembro desde 2005.

Considerando os últimos 12 meses, o montante só perde para os meses de julho e fevereiro, quando 53 empresas abriram falência.

De acordo com o indicador Serasa Experian de falências e recuperações, o recuo de setembro foi puxado pelas MPEs (Micro e Pequenas Empresas), que apresentaram a maior queda, com 41,9% de decréscimo ante o mesmo mês do ano passado.

"Estamos em patamar baixo de falências decretadas por conta do forte desempenho da economia", aponta o assessor econômico da Serasa Experian Carlos Henrique de Almeida. As médias empresas tiveram seis decretos de falência em setembro, superando dois registros do mesmo mês do ano anterior, quando quatro encerraram suas atividades. As grandes companhias, por sua vez, apresentaram uma decretação, mesmo número verificado em igual mês de 2009.

Segundo Almeida, o cenário para a sobrevivência dos negócios tem sido bastante favorável neste ano. O primeiro trimestre foi marcado por forte retomada econômica; no segundo trimestre o crescimento foi freado por conta da implementação de política monetária restritiva - com o aumento dos juros e a consequente redução do nível da atividade a fim de evitar inflação -, porém, no terceiro trimestre, o ritmo de produção voltou a crescer. "E ele deve ser ampliado até o fim do ano devido às datas comemorativas como o Dia das Crianças e o Natal, e a injeção do 13º salário no mercado."

PEDIDOS
Em relação às falências requeridas, em setembro houve 192 pedidos - montante 4,1% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Foi o menor número desde 2008, considerando-se o nono mês do ano.

Dentre os requerimentos, a maior parte também provém de micro e pequenos negócios (118). Do restante, 44 pedidos foram feitos por médias e 30 por grandes empresas.

Assim como nas falências decretadas, as micro e pequenas foram as que apresentaram o maior recuo no número de pedidos: 7,1% sobre setembro de 2009.

A diferença entre a quantidade de empresas que realizam o pedido de falência e as que de fato fecham suas portas - 192 solicitaram, mas apenas 57 decretaram falência - acontece porque muitas vezes o requerimento é utilizado como forma de cobrança de dívidas. Dessa maneira não representando a falência real das companhias.




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