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Maurício anuncia novo Paço e informatização do ensino
Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
10/11/2001 | 21:41
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  O prefeito de São Bernardo, Maurício Soares (PSDB), disse que abrirá, no próximo mês, uma licitação para a construção do novo Paço. Já para 2002, o tucano tem planos de informatizar toda a rede de ensino fundamental. Serão investidos cerca de R$ 8 milhões.

Maurício também vai informatizar a rede de Saúde. Segundo ele, a licitação já está em andamento. O projeto custará R$ 11 milhões.

Com relação ao futuro político, ele afirmou que não será candidato no ano que vem, apesar de estar cotado para disputar como vice do governador Geraldo Alckmin. Abaixo, segue trecho da entrevista em que o tucano falou de suas realizações.

DIÁRIO – Que avaliação o sr. faz do primeiro ano deste mandato?
MAURÍCIO – Foi um ano de conclusão dos projetos começados no ano passado. Fizemos muitas coisas. Como o viaduto Mário Covas, um dos maiores viadutos municipais do país. Inauguramos dois conjuntos habitacionais e o Detroit e Carminha, que foi uma das maiores urbanizações de favela. Foi um ano de complementação de obras.

DIÁRIO – Quais são as suas pretensões políticas para o ano que vem?
MAURÍCIO – Eu troquei de partido. Recentemente entrei para o PSDB, porque fico com mais facilidades, tanto no governo federal, como no governo estadual, seja quem for o governante. Eu não tenho projetos de candidatura para mim no ano que vem, tenho projeto de apoiar candidatos e o primeiro deles é o governador Alckmin.

DIÁRIO – O ministro da Saúde, José Serra, aparece em segundo lugar na região em uma pesquisa estimulada publicada pelo Diário, enquanto Tasso Jereissati fica bem atrás. A que o sr. atribui isso?
MAURÍCIO – Eu acho que o Tasso é um homem do Nordeste, uma boa figura da política regional, não tem a expressão do Serra nacionalmente, deve ser isso, e o Serra também tem sido um bom ministro da Saúde.

DIÁRIO – Comenta-se nos bastidores políticos que o seu candidato a prefeito em 2004 será Ademir Silvestre, seu assessor de gabinete. Isso é verdade?
MAURÍCIO – O candidato tem de se viabilizar, não é o prefeito que viabiliza o sucessor. Todos sabem da grande amizade que eu tenho pelo Ademir, da grande admiração que eu tenho por ele. Agora, ele precisa se viabilizar como candidato. Ele está fazendo um bom trabalho na administração e, principalmente, esse trabalho comunitário, com essa ação comunitária que ele faz nos bairros, está se tornando mais conhecido, mais experiente. Se ele se viabilizar e for nosso candidato é com muito prazer que eu vou apoiá-lo. Pode ser ele, como pode ser outro. Se o Dib, por exemplo, quisesse, mas ele diz que não quer ser mais, seria um ótimo candidato também.

DIÁRIO – Como está o seu relacionamento com o vice-prefeito William Dib?
MAURÍCIO – Não poderia estar melhor, porque o Dib é o meu principal auxiliar. Nunca tive um vice com tão bom relacionamento como o Dib.

DIÁRIO – E com o empresário Carlos Pastoriza no PSDB?
MAURÍCIO – Nenhum, porque nunca mais falei com ele e nem ele comigo. Se houver problema, vou ter de resolver civilizadamente, como faz um político.

DIÁRIO – Há novidades com relação à construção do novo Paço Municipal?
MAURÍCIO – O projeto está terminado. O arquiteto já o entregou. Ele, agora, está sendo minuciosamente examinado do ponto de vista de localização dos espaços internos, secretarias, composição dos diversos andares. Eu acredito que mais uma semana e isso estará pronto e, em seguida, vamos começar a chamar os possíveis parceiros. Acredito que antes do fim do ano a gente já possa estar licitando esse negócio.

DIÁRIO – Quais são os seus principais projetos para 2002?
MAURÍCIO – O primeiro é começar o novo Paço Municipal. O segundo é construir o Centro do Professorado, que será uma obra para três anos. Estamos também buscando parcerias com o governo federal para projetos habitacionais. Agora, nas emendas do orçamento, já devem aparecer alguns milhões de reais para São Bernardo. Queremos também no ano que vem aumentar o Pronto Socorro Central, aumentar a capacidade do Hospital Municipal. Na área de esportes, vamos construir mais alguns campos de futebol. Na área da cultura, queremos inaugurar o Teatro Vera Cruz, que faz parte do Centro Cultural Vera Cruz.

DIÁRIO – Há planos para outros setores?
MAURÍCIO – Trabalhamos com a possibilidade quase certa de construir uma escola de design por meio de um convênio com o Ministério da Educação. Queremos terminar ainda o viaduto do km 22 e para isso já conseguimos verba do governo federal. Na área de mananciais, estamos buscando financiamentos do governo japonês para fazermos a recuperação ambiental da área do Alvarenga. Construiremos ainda uma piscina para deficientes e consolidaremos nosso Centro de Equoterapia (terapia com cavalos). Neste ano e no começo do ano que vem vamos informatizar toda a rede de ensino fundamental, comprando os equipamentos através das APMs e introduzindo um novo método de ensino, chamado “Escola do Futuro”, que é da USP. Devemos investir R$ 8 milhões. Depois vamos informatizar a Saúde. A licitação já está em andamento, praticamente finalizada. Isso custará em torno de R$ 11 milhões e temos o financiamento do BNDES para isso.

DIÁRIO – Então, em 2002 esses dois setores estarão informatizados?
MAURÍCIO – Olha, se não tiver terminado estará em vias de, porque não são processos muito longos. Também está na rua um outro processo de informatização ligando a Prefeitura inteira em rede. Isso também tem dinheiro do governo federal, um financiamento de R$ 11 milhões. Temos de dar uma contrapartida de R$ 3 milhões.

DIÁRIO – Qual será a política para as crianças?
MAURÍCIO – Tem um projeto que eu acarinho. É lá na Chácara Silvestre, no alto da Vila Petrópolis. Lá morou o primeiro prefeito da cidade. Ali queremos fazer uma escola ambiental modelo, que também está sendo projetada pela USP, onde todas as crianças possam ir uma, duas, três vezes ao ano, aprender meios de tratar o lixo, aprender meios de tratar a água, o ar, a vegetação. Quero fazer também no Parque Estoril uma reforma muito grande. Queremos construir uma minifazenda para as crianças aprenderem como é que é a vida no campo. Vamos também modernizar a Cidade da Criança.

DIÁRIO – E a questão da construção de um cadeião?
MAURÍCIO – Pelo que eu sei, o governo do Estado definiu que o local vai ser mesmo onde era o antigo cadeião. Eu entendo perfeitamente a revolta das pessoas. Se o governo do Estado concordasse em fazer na área do manancial, estaria tudo resolvido. O Estado é que define, ele que constrói, ele que administra as cadeias.

DIÁRIO – E o projeto da fábrica de genéricos?
MAURÍCIO – Estou tentando arrumar dinheiro com o ministro Serra para fazer a edificação da fábrica e comprar os equipamentos. Eu acredito que com R$ 5 milhões ou R$ 6 milhões, no máximo, dá para construir a fábrica. O terreno já tem.




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