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Márcio Araújo compara
São Caetano a paciente
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
15/09/2011 | 07:30
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Embora tenha acompanhado a derrota para a Ponte Preta das tribunas da Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara, o novo técnico do São Caetano, Márcio Araújo - apresentado ontem -, disse ainda não ter resposta definitiva sobre o fato de a equipe não estar rendendo e encontrar-se na zona de rebaixamento da Série B do Brasileiro. É a 18ª com 24 pontos. Na avaliação, comparou o time a um paciente internado.

"Tenho de estudar, fazer uma biópsia para ter o diagnóstico. Sei que o momento é delicado, é como um doente que está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), que precisamos tratar para depois colocá-lo nas ruas de novo", comentou.

Araújo se valeu da cautela ao comentar o que poderia ser um dos males do time, o lado egocêntrico de alguns atletas, fato já aventado pelo ex-técnico Márcio Goiano, que ao ser contratado comentou que ao aceitar o convite para comandar o Azulão no início da Série B sabia que teria de administrar vaidades. "Administrar isso é um exercício diário. É preciso saber o que acontece e depois tomar a atitude que tem de tomar. Cada um tem seu ego e respeito, mas tem de saber administrar. Uns conseguem, outros não ."

Ciente das dificuldades do time e do curto tempo para mudanças - faltam 15 jogos para o fim do torneio -, Márcio Araújo disse que, num primeiro momento, tentará ajustar o time no que for necessário na base do diálogo. Assim, evitou dizer se fará mudanças no esquema tático. "Não existe um esquema (tático) ideal, depende do jogo que você vai fazer. Tentarei montar a equipe de acordo com as características de cada jogador."

Com a experiência de quem comandará uma equipe pela quinta vez na Segundona e conquistou dois acessos - Barueri em 2008 e Bahia em 2010 -, o treinador evitou projeções ao ser perguntado se ainda é possível a briga pelo acesso. "Primeiro é tentar sair desta situação difícil e depois conquistar o que for possível."

Araújo disse que aceitou o convite para comandar o clube pela amizade com os dirigentes e alguns dos jogadores com os quais já trabalhou, entre eles, Augusto Recife e Leyrielton.

O treinador estava sem clube desde que deixou o Bahia, após o acesso no fim de 2010. "Fiquei esse tempo afastado para me reciclar. O tempo passa e a gente comete erros, inclusive de relacionamento. No futebol a pressão é muito grande. Fiquei três meses no Bahia e não consegui nem colocar os pés na areia. Saia às ruas e os torcedores cobravam. Fiz um balanço e espero não cometer mais alguns erros."

Márcio Araújo estreia sábado, diante do Americana, no Anacleto Campanella.

Contratura tira Mandi de combate por duas semanas

Luciano Mandi deve desfalcar o São Caetano por pelo menos duas semanas por causa da contratura muscular sofrida no jogo contra a Ponte Preta, em Araraquara. O atacante fará exames de ressonância magnética hoje, que apontarão a gravidade da contusão.

Artilheiro da equipe na Série B do Campeonato Brasileiro com cinco gols, Mandi entrou no segundo tempo e ficou apenas cinco minutos em campo. Ele se machucou ao tentar se livrar de dois adversários e arrancar para o ataque. O jogador deixou o campo chorando, já que vinha se recuperando de contusão no ombro direito e este é seu melhor momento desde que foi contratado, no início do ano passado.

A equipe inicia hoje a preparação para o jogo contra o Americana.




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