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Praticidade é item mais valorizado das mulheres descasadas
Do Diário do Grande ABC
24/06/2000 | 15:09
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O que poderia ser especialmente importante para uma mulher descasada, entre 30 e 40 anos, profissionalmente bem sucedida, com renda alta, a quem, materialmente, nada falta? Para responder a essa pergunta, o economista Marcus Ferreira, formado pela Universidade Federal Fluminense e com mestrado em Administraçao, levou dois anos pesquisando para o estudo Análise do consumo de mulheres descasadas de classe média alta. "Já existem trabalhos sobre as descasadas, mas na ótica do consumo, creio que o meu é o primeiro".

De acordo com as observaçoes do pesquisador, trata-se de um nicho de consumo qualitativo que está crescendo a cada dia.

Imagem - "Sao mulheres com um nível financeiro que lhes garante alto grau de independência, gostam de sair, sozinhas ou acompanhadas, e rejeitam qualquer produto que agrida a sua imagem", observa o pesquisador.

"Embora muito dedicadas ao trabalho, elas destacam o lazer, principalmente as viagens, inclusive ao exterior, como indispensáveis ao seu modo de vida. É comum fazerem psicoterapia e cultivarem a auto-estima. Mesmo tendo filhos e lhes sendo devotadas, dedicam muita atençao a si mesmas. As novelas e a programaçao da TV aberta nao atraem essas mulheres. Sao indiferentes ou simplesmente rejeitam os estereótipos femininos de beleza e sucesso vendidos pela mídia.

Boas leitoras, gostam de jornais e de revistas de qualidade. Ligam-se na estética e no guarda-roupa e gostam de se vestir bem, embora nao ligadas em marcas e etiquetas. A condiçao financeira permite adquirir artigos caros, mas sao exigentes e o consumo delas é orientado pela praticidade."

Com a separaçao, elas encontraram para si um espaço precioso, já que as decisoes nao precisam mais ser compartilhadas. "Foi o que mais destacaram como conquista pessoal". E, embora nao se fechem a novos relacionamentos, sao cautelosas, e preferem formas alternativas de relaçao, por exemplo, o casal viver em casas separadas.

"Esse nicho ganhou relevância de uns 30 anos para cá, a partir do momento em que a mulher conquistou e estabeleceu o seu espaço próprio", conclui Marcos Ferreira.




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