A presidenciável verde, Marina Silva, visitou ontem a favela do Jardim Castelo, divisa de Diadema com São Paulo, e usou o local como exemplo para criticar os governantes sobre as ocupações irregulares em áreas de mananciais no Estado de São Paulo. A candidata conversou com os moradores da comunidade Mata Virgem, que sofre com a falta de saneamento básico, moradia, Educação e Saúde.

"Existe um problema de ocupação irregular no Estado de São Paulo em área de manancial que infelizmente foi deixado de lado por conivência de autoridades públicas e hoje as pessoas pagam preço muito alto", afirmou.

Ao falar sobre seu comprometimento na discussão de políticas públicas que considera necessárias e importantes para o Brasil, Marina avaliou que seus partidos adversários PT e PSDB, precisam de "realinhamento histórico". "Defendo isso e acho que o PT e PSDB devem fazer realinhamento histórico, para que tenham um olhar no que for mais importante para o País", observou a verde.

Quando questionada sobre quais seriam as melhores alternativas para resolver os problemas de ocupações em áreas de mananciais, Marina disse que seria "fundamental uma avaliação técnica para que se possa ter uma decisão certa. O que não pode é negligenciar uma coisa em detrimento da outra, as duas coisas têm que ser igualmente tratadas como prioridades, tanto a proteção de recursos hídricos quanto a proteção da vida das pessoas."

Moradores fizeram questão de mostrar à candidata pontos em que o esgoto está a céu aberto, causando mau cheiro e doenças para as cerca de 10.000 famílias que moram na comunidade.

Marina comparou o problema enfrentado pela Mata Virgem, com a favela do Coque, em Recife, no Estado de Pernambuco. "É a mesma situação que vi em Pernambuco, que é um Estado pobre. Se deparar com a falta de saneamento no Estado mais rico da federação só tem um nome, falta de políticas públicas."

Sobre a disputa eleitoral, a candidata disse que independentemente das pesquisas de votos sua estratégica política continuará a mesma, "debatendo com o Brasil aquilo que interessa para todos e não só com o que é importante para conseguir votos".

Marina se recusou a falar sobre a possibilidade de segundo turno, já que segundo ela, "o horário está começando só agora e somos três na disputa", concluiu.