O ministro da Previdência, Luiz Marinho (PT), ainda não assume publicamente que será candidato a prefeito de São Bernardo no ano que vem, mas o discurso de candidato já está pronto.

Na segunda-feira, ele desdenhou da chapa governista, formada pelo ex-prefeito Maurício Soares (PSB), como candidato a prefeito, e pelo deputado estadual Orlando Morando (PSDB), a vice. “É cedo para saber se eles agüentam até as eleições.”

Depois, foi mais direto: “Os dois não se toleram. Como dá para disputar uma eleição assim? Pode até ser que a chapa não seja real. Vamos ver se o Maurício e o Orlando vão se aturar.” O petista provocou mais: “Essa união foi um movimento que fizeram para apaziguar as disputas internas, de forma muito sangrenta, e evitar mais baixas do lado deles.”

Apesar de insistir que ainda não é pré-candidato, Marinho escorregou ao dizer que o PT de São Bernardo não precisa ter pressa em formalizar a candidatura, já que só o seu nome está colocado. “Não tem porque fazer a disputa interna, já que ela não existe. Por conta disso, não tem razão de antecipar o anúncio.”

Apoios - Marinho disse que a possibilidade de o PT contar com o PTB – do deputado federal Frank Aguiar, aliado do petista – no ano que vem é concreta. “O PT vem construindo uma frente ampla e o PTB está nesse grupo. Podemos ter mais de dez partidos ao nosso lado.”

O petista também não entendeu o fato de o deputado estadual Alex Manente (PPS) ter ido embora durante o ato de filiação do vice-prefeito de São Bernardo José Roberto de Melo e do ex-prefeito Tito Costa, no dia 16 de agosto. Manente reclamou que não sabia que Marinho seria o destaque. “Estranhei. Não tinha razão para ele sair. Fui convidado e não roubei a cena de ninguém. Mas acredito que o Alex estará nessa frente partidária”, disse Marinho.