Turismo Titulo
Banho de adrenalina
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
19/05/2011 | 07:59
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Heloísa Cestari/DGABC


Nem só de romance vive Visconde de Mauá. Entre um brinde na lareira e um jantar à luz de velas, a cidade oferece farto leque de passeios para os aficionados por turismo de aventura. E o apelo ecológico é forte.

A começar pela emblemática Cachoeira do Escorrega, fruto de um deslizamento na década de 1960 que matou 17 pessoas e levou uma avalanche de pedras a represar o curso original do Rio Preto, formando uma espécie de tobogã natural por onde os banhistas escorregam nos dias em que o fluxo de água mostra-se próprio a doses extras de adrenalina. Uma bandeira indica o nível de risco dia a dia.

A agência local Remorini Ecoaventuras, que opera com exclusividade para a empresa Visconde de Mauá Vip, oferece passeios off-road com direito a esportes radicais e guias especializados. Um dos roteiros, de aproximadamente três horas, contempla a Escorrega, o Poção da Maromba e as cachoeiras Véu de Noiva (já nas dependências do Parque Nacional do Itatiaia) e Santa Clara, onde é possível praticar cascading (rapel em cachoeira) de 40 metros com inclinação positiva, própria para iniciantes. O tour termina com visita ao Truta Rosa, trutário aberto para pesca e venda do peixe. O quilo da espécie arco-íris pescada na hora custa R$ 19, mas também é possível comprá-la já limpa por um preço um pouco maior.

Outras opções de passeio levam ao Alcantilado, ao Vale do Pavão e às cachoeiras gigantes do Mirantão e de Santo Antonio. Quem não se intimida com a gelidez das águas da Mantiqueira, a propósito, não deve deixar o Alcantilado de fora do roteiro. Com nove cachoeiras e piscinas naturais, o local mais parece um parque aquático, e basta uma trilha para alcançar todas as cascatas.

O percurso - cercado por ipês, perobas, samambaias e pinheiros - dura cerca de uma hora. E no final da caminhada, eis que surge ela: a cachoeira que dá nome ao vale, belíssima. Mas atenção: o trajeto é íngreme, indicado apenas a pessoas que praticam trekking com regularidade.

E os fãs de esportes radicais ainda podem praticar bóia-cross no Rio Preto, montanhismo na Pedra Selada ou trekking pelas trilhas ecológicas do Vale do Pavão, com direito a parada para descanso e banho de rio (confira os preços na página 5).

 

DESCANSO

Os menos afeitos a adrenalina também encontram boas atrações para preencher o dia, seja visitando lojinhas de artesanato, bebericando em algum barzinho da Vila de Maringá ou conversando com hippies na Maromba - a única das três vilas que mantém o clima Woodstock que tanto fez a fama de Mauá na década de 1970, com direito a barracas de artesanato em frente à igreja e fogueira ao som de violão.

Vizinho ao Vale do Alcantilado, o Museu 2 Rodas mantém interessantes modelos de motos e bicicletas. A história da colonização alemã na região também pode ser conferida no Museu da Família Bühler, que mantém ativa a tradição dos antepassados.

Quem gosta de trilhas em meio à natureza mas não quer gastar sola de sapato também pode recorrer às cavalgadas oferecidas pela Fazenda Santa Clara. Há percursos de uma hora e meia (inclusive para o Vale do Alcantilado) e outros mais longos, de até dois dias, que cruzam os municípios de Itatiaia, Resende e Bocaina.

E por falar em gastar sapato, nem pense em colocar os de salto na mala, pois Mauá não possui casas noturnas, e badalação madrugada adentro, definitivamente, não é o forte da região. Um par de tênis e uma bota baixa e quentinha para as noites frias já são mais do que suficientes.




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