Economia Titulo Indústria de pneus
Bridgestone altera escala e para produção aos domingos

Apesar da mudança, empresa garante que, por enquanto, não fará demissões

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
27/04/2016 | 07:14
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 A Bridgestone fará alterações na escala de trabalho na fábrica de Santo André e, a partir de segunda-feira, não terá mais linha de produção aos domingos. O objetivo da mudança é reduzir os estoques em razão da queda na demanda por pneus novos. Apesar da alteração, a empresa, que também detém a marca Firestone, garante que, inicialmente, não estão previstas demissões.

O presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo, Marcio Ferreira, explica que haverá modificação na jornada de trabalho dos cerca de 3.500 funcionários da planta. O sistema vigente é o 6x2, com seis dias seguidos de serviço e dois de folga. A partir de segunda, será o 6x1, com apenas uma folga. Com isso, o número de turmas de atividade cairá de quatro para três. Os operários do grupo extinto serão espalhados entre os demais. “A grande vitória foi que conseguimos fazer esse acordo sem que houvesse demissões”, comenta o sindicalista. Nos seis dias de operação, a fábrica continuará atuando por 24 horas.

No fim do ano passado, a Pirelli adotou medida semelhante, mas que culminou no desligamento de pelo menos 120 empregados – atualmente, a empresa possui cerca de 1.700 colaboradores na planta de Santo André.

“O cenário econômico nacional e a queda nas vendas no setor automotivo impuseram à Bridgestone a necessidade de ajuste na escala de fabricação. Trata-se de uma decisão difícil, mas necessária para adequar o nível de produção à demanda atual do mercado”, disse a empresa, em nota.

Segundo a Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), a comercialização de pneus novos no Brasil entre janeiro e fevereiro teve queda de 2,8% na comparação com o mesmo período de 2015. As vendas de unidades paras as montadoras de veículos caíram mais ainda: 32,4%.

CAMPANHA SALARIAL - Os sindicatos que representam os borracheiros no País iniciaram as discussões da campanha salarial com as empresas do setor. “Entendemos o momento de crise, mas não podemos perder conquistas”, afirma Ferreira.

As reivindicações deverão ser apreciadas em assembleias no dia 16 de maio e, então, levadas aos patrões.




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