D+ Titulo Eleição
Você tem direito, mas não é obrigado
Caroline Ribeiro
Especial para o Diário
24/04/2016 | 07:00
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 Em outubro, teremos eleições municipais, quando cada cidade do País irá escolher seu prefeito e o grupo de vereadores local. Como de costume, para quem tem entre 18 e 70 anos o voto é obrigatório e os jovens de 16 e 17 anos podem escolher optar em tirar antecipadamente o título de eleitor.

O artigo 14 da Constituição Federal presa pelo voto facultativo aos jovens que tenham, no mínimo, 16 anos. No entanto, quem tem 15 e completa 16 até o dia da eleição, em 2 de outubro, também já pode requerer o documento. O jovem que chega à idade mínima até a data e tem interesse em já começar a exercer seu dever político pode tirar o título de eleitor até dia 4 e se posicionar diante das urnas nas próximas eleições.

A requisição é feita por agendamento no site do Tribunal Regional Eleitoral (www.tre-sp.jus.br) e ida no posto eleitoral no dia e horário informados, portando o RG ou certidão de nascimento e um comprovante de residência no nome dos pais ou responsáveis. O processo é simples, gratuito e o título fica pronto na hora.

OPINIÕES - Danielle Monteiro Dalla Eacce, 16 anos, de Mauá, antecipou tudo para poder fazer suas escolhas no segundo semestre e já está de olho nas especulações sobre os candidatos. Ela acredita que votar, se manter informado e saber se posicionar são essenciais para que se reverta, em um futuro breve, a atual (e crítica) situação política do País. “Acho importante nós, adolescentes, mesmo antes do voto se tornar obrigatório, nos mantermos informados. Se deixarmos de lado, as coisas só vão piorar. Nosso futuro está em jogo. É claro que quero dar minha opinião sobre como eu acho que tudo deve ser.”

Mas nem todos estão contando os dias para sua estreia diante da urna. Diferentemente de Danielle, Vitor Teodoro Machado, 16, de Santo André, não se mostra tão interessado assim no que acontece na política do País. “Não faço questão de tirar meu título agora. Tanto que nem me informei sobre os possíveis candidatos que estarão concorrendo na eleição deste ano. Também não sou ligado muito à política e não cheguei a acompanhar tudo o que está acontecendo no cenário atual”, confessa.

Moradora de São Caetano, Beatriz dos Santos Valentim, 16, fica entre um lado e outro. A garota conta que, até recentemente, sua intenção era tirar o título de eleitor e participar das votações. Mas, nos últimos tempos, tem se sentido confusa e não sabe direito como se posicionar da forma que mais acha adequada. “É uma responsabilidade muito grande. Ainda parece coisa de adulto. Não quero votar só por votar. Tenho vontade e acho importante o jovem participar, mas me sinto meio perdida. Então preferi esperar este ano e acompanhar tudo um pouco de longe”, explica.</CW>

Outra questão a ser levantada sobre as eleições brasileiras é o voto obrigatório. Há quem veja que a solução para as mudanças seja uma preocupação maior com a escolha dos candidatos e não ‘forçar’ a todos a cumprirem o dever cívico. Segundo Danielle, “deveria votar apenas quem tem vontade. Por ser uma obrigação, acredito que muita gente vota de qualquer jeito, sem nem mesmo saber quem é e o que faz o candidato para quem está dando o voto”. “O correto seria educar e convencer as pessoas do porquê da importância de votar”, analisa Beatriz.




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