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Casas Bahia faturam R$ 11,5 bilhões
Mariana Oliveira
Do Diário do Grande ABC
24/01/2006 | 08:54
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Crescimento contínuo e ininterrupto a cada ano. A maior empresa do varejo brasileiro, a Casas Bahia, com sede em São Caetano, conseguiu em 2005 entrar de vez em segmento até então inexplorado pela empresa: a classe média alta. O resultado foi sentido no faturamento do ano passado: R$ 11,5 bilhões – 27,7% maior do que o ano anterior. Não bastasse isso, foi a empresa brasileira que mais contratou nos últimos 12 meses: criou 22.531 vagas formais, ou seja, com carteira assinada.

O desempenho foi tão positivo que a empresa já anunciou investimentos de R$ 100 milhões para 2006 em novas lojas. Para suprir a expansão, três centros de distribuições devem ganhar novos investimentos. Somente para o megadepósito de São Bernardo, serão R$ 24 milhões.

Desde a fundação da empresa, em 1952, o foco eram pessoas com menor poder aquisitivo, que foram as responsáveis por transformar a empresa na gigante que é atualmente. A opção por clientes de renda mais elevada, segundo a empresa, não é uma forma de mudar o público-alvo, mas sim agregar novos consumidores. Produtos como TV de plasma, geladeira de duas portas e móveis de design diferenciado passaram, em 2005, a integrar o portfólio da empresa.

No ano passado, por exemplo, a rede investiu R$ 3 milhões em nova loja no Shopping Ibirapuera – um dos maiores centros de compra da elite paulistana –, e adquiriu terreno nas proximidades da esquina das avenidas Paulista e Consolação, principal centro empresarial de São Paulo. A projeção, de acordo com a Casas Bahia, é construir uma loja no local, apesar de ainda não existir previsão de inauguração.

O novo nicho de mercado foi detectado após a segunda edição da Super Casas Bahia, no final de 2004. Segundo a empresa, o megaevento no complexo do Anhembi, próximo a bairros nobres, atraiu uma clientela de maior poder de compra. Neste ano, o potencial foi explorado: diversos produtos foram colocadas à disposição desse público. O resultado também foi positivo: o faturamento foi 30% além das expectativas.

A entrada em novo nicho de mercado ajudou a gigante do varejo, mas outro fator que também influenciou muito o resultado do ano passado foi a abertura de novas lojas – em 2005, foram 100 novas unidades inauguradas. O destaque foi o incremento dos pontos de venda em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Estados até então dominados pela concorrente lojas Colombo. Atualmente, a Casas Bahia conta com 504 filiais em todo o país, das quais 31 no Grande ABC.

Outro marco da empresa em 2005 foi a criação do CT (Centro de Tecnologia), em novembro último, que possibilita maior controle logístico e administrativo. O espaço, de 8 mil m² em São Caetano, garante a operação da rede 24 horas por dia.

Bradesco – Uma ação que ganhará grande destaque em 2006 será a expansão da base do cartão de crédito Casas Bahia/Bradesco. A parceria, que começou na edição da Super Casas Bahia 2005, superou as expectativas. Em 40 dias do evento, foram emitidos 82,44 mil unidades. O dinheiro de papel seria outra forma de atrair o público mais elitizado.

A boa aceitação do cartão fará com que, apenas neste ano, sejam emitidos 3 milhões de cartões de crédito com a bandeira da empresa. Nos próximos meses, o Bradesco já estará infiltrado em 120 filiais para a oferta dos cartões. Dentro de seis anos, a previsão é ter 6 milhões clientes proprietários do plástico.




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