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Centrais pleiteiam mínimo de R$ 560
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
02/09/2010 | 07:10
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Em reunião realizada ontem, representantes das centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CGTB e NCST definiram posição unificada em relação à proposta do governo federal para o reajuste do salário-mínimo em janeiro de 2011.

As entidades acertaram que vão pleitear aumento do mínimo dos atuais R$ 510 para R$ 560. O valor foi decidido com base na estimativa de inflação para ano (5,52%), pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), somada ao percentual da média do crescimento econômico de 2006 a 2009 (3,8%). Daria R$ 562, mas o número foi arredondado. O governo propôs R$ 538,15.

Em nota, as centrais reafirmaram o acordo de valorização do mínimo, firmado em 2007, no qual aceitavam a elevação do salário pela taxa inflacionária do ano mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) do ano anterior, mas destacaram a importância dos aumentos para estimular a economia, em meio à crise global.

"É de conhecimento geral a importância do salário-mínimo para o enfrentamento das desigualdades sociais e regionais existentes; o seu significado para os mais de 40 milhões de trabalhadores brasileiros que dele dependem; os impactos positivos às mulheres, jovens e beneficiários das políticas sociais e a importância que tem no fortalecimento do mercado interno, essencial para o desenvolvimento soberano do País", informam, por meio de comunicado.

As entidades sindicais defendem ainda que haja a abertura imediata de negociação para definição do valor do mínimo de 2011.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, que participou do encontro, afirmou que não há intenção de esperar as eleições para iniciar a discussão do tema com o governo. E acrescentou: "Há espaço para esse aumento."

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse, na terça-feira, que cada R$ 1 no valor a mais eleva as despesas do governo em R$ 184,1 milhões.




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