Figurinha carimbada entre os urbanoides de sucesso na Europa por ser pequenino, econômico e barato (pelo menos por lá), o smart fortwo desembarcou oficialmente aqui em abril do ano e ganhou fama pela simpatia e preço salgado - na época, a versão coupé partia de R$ 57,9 mil, mas hoje não sai por menos de R$ 60 mil.

Agora, aproveitando o relativo sucesso - 812 unidades foram emplacadas neste primeiro semestre, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) - , a Mercedes, importadora oficial, traz a edição limitada Brazilian Edition MHD (Micro Hybrid Drive), por R$ 49,9 mil.

Apesar do visual único - todos são amarelo com a célula de segurança tridion preta com adesivo verde-amarelo - , as principais novidades do Brazilian estão no conjunto mecânico. A começar pelo motor 1.0 aspirado de 71 cv - 13 cv a menos que o bloco 1.0 turbo dos fortwo coupé e cabrio. O torque também é inferior: 9,4 mkgf, contra 12,2 mkgf.

Assim, o carrinho que já era econômico ficou ainda mais. Além do propulsor menor, o smart tem sistema start-stop, que desliga o motor quando o veículo trafega abaixo dos 8 km/h e o motorista está com o pé no pedal do freio. Parado no semáforo, o Brazilian morre. Para voltar a funcionar, basta tirar o pé do freio que um gerador ressuscita o bloco. Segundo a fábrica, o consumo misto é de 19,75 km/l.

O start-stop pode ser desligado por meio de um botão junto à manopla do câmbio - uma caixa automatizada de cinco velocidades, com opção de trocas manuais na alavanca.

Em termos de luxo, o Brazilian ficou mais pobre. O plástico domina o interior. E apesar de não ter contagiros e alguns outros mimos, a edição limitada tem recheio. Freios ABS, ESP (controle de estabilidade), rodas de liga aro 15, rádio CD player com MP3, vidros elétricos e ar-condicionado são de série.

A suspensão bastante rígida - por motivo de segurança - e as esburacadas vias do Grande ABC fazem o smart ser barulhento.

O Brazilian Edition MHD é boa alternativa para quem está pensando em comprar um fortwo apenas por sua economia de combustível e praticidade urbana. Afinal, economizar mais de R$ 10 mil - diferença para o fortwo convencional - não seria nada mal. Mas corra, são apenas 300 unidades!