"O que vi é desolador. Há dias chove e não vai parar nos próximos dias. Os campos estão desertos. Para este ano, acabou, não haverá mais colheita", disse France Hurtubise, uma autoridade da Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICR), depois de visitar o povoado de Yangtian, no Sul da província de Hunan (centro-sul).

Das 350 famílias do local, 45 perderam tudo devido às inundações. "Uma mulher de 76 anos, a mais velha de uma família de nove pessoas, contou como foram surpreendidos durante a noite quando o nível das águas subiu dois metros em poucas horas", continuou Hurtubise.

As autoridades preferiram abrir as comportas de vários diques a correr o risco delas se romperem. "A água chegou muito depressa, acarretando sérios prejuízos. As casas de ladrilho desabaram todas", disse.

Para esta autoridade "as necessidades são enormes". O povoado fica no distrito de Leiyang, que sofre a terceira inundação do verão: 67.631 pessoas se viram cercadas pelas águas, 678 casas foram destruídas, 1,5 mil danificadas e cerca de 10 mil pessoas foram afetadas, informam as autoridades.

Em Hunan, os mortos pelas inundações são 108 e os atingidos mais de 38 milhões, segundo um dos chefes do Departamentos de assuntos Civis da província.