Setecidades Titulo Caso Eloá
Mãe e irmão de Eloá serão testemunhas de defesa
Do Diário OnLine
13/02/2012 | 08:59
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Orlando Filho/DGABC


A mãe de Eloá Pimentel, Ana Cristina Pimentel da Silva, e o irmão mais novo, Everton Douglas Pimentel, serão ouvidos como testemunhas de defesa no julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, realizado no Fórum de Santo André.

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O pedido do depoimento de Ana Cristina, que substitui o perito Nelson Gonçalves, foi acatado pela promotoria, que a princípio estava resistente em liberá-la, mas que depois considerou que o seu relato seria fundamental para mostrar que ela não tem ódio do acusado.

Já Everton Douglas, que substitui a jornalista Ana Paula Neves, foi arrolado primeiramente como testemunha de juízo, ou seja, a juíza Milena Dias que decidiria para qual das partes ele seria ouvido. Mais tarde, ficou definido que ele irá depor pela defesa.

No total serão ouvidas 15 testemunhas, 5 de acusação e 10 de defesa. Não compareceram os jornalistas Sônia Abrão e Roberto Cabrini, o perito Ricardo Molina e o advogado Marcos Antônio Assumpção Cabello.

O julgamento - Seis homens e uma mulher compõem o júri que decidirá se o réu é ou não culpado por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, disparo de arma de fogo e cárcere privado. A expectativa é de que o resultado saia até quarta-feira. Eles foram selecionados dentro de um grupo de 25 pessoas indicadas pelo Tribunal de Justiça. A escolha aconteceu por meio de sorteio.

Algumas matérias televisivas estão sendo exibidas durante o julgamento, tanto pela defesa quanto pela acusação. A advogada de Lindemberg, Ana Lúcia Assad, pretende sustentar a tese de que o crime só teve aquele desfecho por conta da invasão dos policiais militares.

Para o assistente de acusação José Beraldo, a estratégia da defesa de Lindemberg é cansar os jurados, além de culpar a mídia e a atuação da Polícia Militar. Ana Lúcia rebateu as acusações e afirmou que os vídeos fazem parte das táticas a favor do acusado.

A defesa também solicitou a retirada das algemas de Lindemberg, pedido que foi acatado pela juíza, apesar da negativa da promotoria.

O acusado parece tranquilo e não esboçou até o momento nenhuma reação. Segundo José Beraldo, "ele (Lindemberg) aparenta estar mais forte. Concordamos com a defesa de que ele não é bandido, mas é um criminoso". Já Ana Lúcia, afirmou que seu cliente está "calmo como qualquer pessoa honesta nessa situação estaria, apesar de muito emocionado".

Lindemberg é acusado de matar a ex-namorada após mantê-la por cerca de 100 horas como refém na casa da vítima, em Santo André, entre os dias 13 e 17 de outubro de 2008. Ele chegou ao Fórum por volta das 8h, após 1h50 de viagem. Sob forte escolta policial, foi trazido da Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo, onde está preso desde outubro de 2008. Esta será a primeira vez que o acusado falará com os jurados.

Público - Desde a madrugada de hoje, jornalistas, curiosos e estudantes de Direito se aglomeravam em frente ao Fórum para tentar acompanhar de perto o julgamento, que atrasou quase duas horas. Um forte esquema policial foi montado em frente ao local.

O primeira da fila era Mauro Washington Duvilierz, 46, que chegou por volta da meia-noite. "A população conhece ele (Lindemberg) e não há nada de diferente que possa reverter essa situação", disse o autônomo, estudante do 3° semestre de Direito, que pretende acompanhar os três dias de júri.

Uma chuva fraca começou a cair na cidade por volta das 13h e espantou alguns dos curiosos que aguardavam em frente ao Fórum. (Com informações de Cadu Proieti, Elaine Granconato e Rafael Ribeiro)




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