Segue indefinida a situação dos funcionários da unidade da General Motors em São Caetano. Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade negociam medidas alternativas à demissão de aproximadamente 1.000 trabalhadores, decisão que foi sinalizada pela montadora há pouco mais de um mês e cujo objetivo é adequar o nível de produção diante da queda na demanda por veículos zero-quilômetro.

Na quinta-feira, vence o lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) de cerca de 1.700 operários. O sindicato reivindica a prorrogação desse afastamento. Entretanto, a empresa coloca como condição para isso a revogação de cláusula do acordo coletivo de trabalho que prevê estabilidade para os empregados acidentados ou que possuem doenças ocupacionais. O presidente da entidade, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, garante que a categoria não irá aceitar a retirada desse direito e ameaça decretar greve.

As partes já concordaram a respeito dos salários: não haverá reajuste neste ano, e sim um abono cujo valor ainda não foi definido. Para o ano que vem, será concedido aumento de 70% da inflação acumulada em 12 meses medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), enquanto os 30% restantes serão repostos por meio de abono. Pela proposta, a correção dos vencimentos só voltará a ser normalizada em 2018. 

Nova reunião será realizada hoje.