Economia Titulo Grande ABC
Cesta básica encarece R$ 10 em março no Grande ABC

Ovos, feijão e leite foram alimentos que
contribuíram para a alta mensal de 1,85%

Marina Teodoro
Especial para o Diário
01/04/2016 | 07:00
Compartilhar notícia
Banco de dados


O preço médio da cesta básica no Grande ABC subiu 1,85% em março. Isso significa que o consumidor precisou desembolsar quase R$ 10 a mais nas compras em relação a fevereiro. As informações integram a pesquisa semanal da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), que é feita em seis cidades da região (exceto Rio Grande da Serra).

De acordo com o levantamento, que inclui os preços de 34 itens essenciais para uma família de quatro pessoas em uma semana, o total gasto com todos os produtos neste mês foi de R$ 542,13, em média, ante R$ 532,26 em fevereiro.

Para o engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pela pesquisa, Fábio Vezzá De Benedetto, esse encarecimento em apenas 30 dias é significativo, tendo em vista que os preços registrados em janeiro e fevereiro ficaram estáveis.

“Geralmente o que pesa é o setor de hortifrúti, cujos itens, além de poderem ser substituídos, têm preços instáveis, que mudam semanalmente. Porém, quando as maiores altas ficam por conta de feijão, leite e ovos, é preciso que o consumidor prepare o bolso, pois a tendência de baixar é menor.”

MAIS CAROS

Na média mensal, os ovos brancos foram os que mais subiram, proporcionalmente, com alta de 6,07% no preço da dúzia, que passou de R$ 5 para R$ 5,30. “É natural que esse tipo de alimento fique mais caro com a diminuição do consumo da carne em época de Páscoa, quando os ovos viram uma opção mais frequente nas refeições”, explica Benedetto.

O feijão encareceu 5,94%. De R$ 3,10 o quilo foi para R$ 3,29. As chuvas de fim de verão prejudicam a colheita e são as responsáveis pelo aumento, segundo o engenheiro agrônomo.

O leite também ajudou a puxar a elevação da cesta básica. A variação de 5,92% implicou em uma mudança de R$ 2,32 para R$ 2,46. “O leite e os ovos ficam mais caros por influência do milho, que serve de ração para as galinhas e vacas. Como o cereal tem o preço cotado internacionalmente, a desvalorização do real afeta o preço do produto”, afirma.

QUEDAS

Entretanto, alguns itens ficaram mais baratos durante o mês, como o tomate e a cebola, que caíram 2,86% e 2,4%, respectivamente. “Esses alimentos estavam muito caros. Isso ocasionou uma diminuição no consumo. Os produtores, então, precisaram baixar os preços para atrair o consumidor.”

Porém, os alimentos ainda não tiveram queda significativa. Em janeiro, o quilo do tomate, por exemplo chegou a custar R$ 8,40, batendo o recorde de 2015, quando chegou a R$ 7,83. E os preços ainda continuam salgados: R$ 7,12 para o tomate e R$ 4,63 para a cebola.

A previsão para os próximos meses é incerta e depende do clima. O inverno pode ser favorável, caso não seja muito seco. “A tendência é que a diferença climática seja menos agressiva do que em março”, completa. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;