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Senadores rebatem acusações de Jader durante discussão
Do Diário OnLine
27/09/2001 | 15:43
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O Conselho de Ética do Senado discutiu por cerca de duas horas o relatório que propõe a abertura de processo de cassação do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), antes de aprová-lo por 11 votos a favor e 4 contra.

Durante o discurso, os senadores citados por Jader durante o discurso da manhã aproveitaram para rebater algumas declarações, já que o ex-presidente do Senado, além de citar alguns documentos do BC que o inocentariam, também lembrou declarações de colegas que o consideravam inocentes.

O primeiro a falar foi o senador Nabor Júnior (PMDB-AC), que solicitou adiamento da votação. Ele pediu que fosse esperado a conclusão da perícia em documentos do Banco do Estado do Pará. O presidente do conselho, Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), negou o pedido, argumentando que o prazo para recolhimento de provas já foi encerrado.

Em seguida, o senador Romeu Tuma (PFL-SP), que conduziu as investigações apresentadas no relatório, leu trechos de documentos do Banco Itaú que comprovam que Jader sacou investimentos feitos com cheques desviados do Banpará.

Outro membro da comissão que investigou Jader, João Alberto Souza (PMDB-MA) explicou porque não assinou o relatório. Segundo ele, é preciso desfazer enganos cometidos no documento, dizendo que a única ligação entre Jader e o dinheiro desviado do Banpará é o fato de que os cheques foram depositados em uma agência onde Jader tinha aplicações. "Este voto foi um voto de consciência, e se condenarmos Jader estaremos perpetrando a maior injustiça já vista neste País", defendeu.

A senadora Heloísa Helena (PT-AL), uma das citadas no discurso de Jader Barbalho, disse que iria explicar de forma “pedagógica” como os boletos bancários se tornaram o “mapa genético” da fraude. "Alguém dizer que não existem provas contra Jader só pode indicar uma coisa: esta pessoa está problemática da cabeça", disse.

O terceiro membro da comissão que investigou Jader, senador Jefferson Peres, lembrou que o senador reteve o processo de investigação contra ele usando seu poder de presidente do Senado. “Mesmo sem provas, esse fato já me faria votar a favor de um processo contra Jader Barbalho.”

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, defendeu Jader. Ele começou afirmando que a senadora Heloísa Helena falhou na sua explicação minuciosa dos desvios, já que ainda há dúvidas de como esse processo pode comprovar que o senador foi um dos beneficiários.




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