A declaração foi feita após as notícias da imprensa norte-americana, segundo as quais Brasília rechaça inspeções na unidade de enriquecimento de urânio de Resende, no Rio de Janeiro.
"Além disso, pedimos ao Brasil que continue mostrando seu compromisso com a não-proliferação de armas nucleares, adotando rapidamente um protocolo adicional da AIEA que aumentaria sua capacidade de verificação", acrescentou.
O funcionário informou que o secretário americano de Energia, Spencer Abraham, e o secretário de Estado adjunto para a Não-proliferação, John Wolf, "visitarão o Brasil no final deste mês para discutir diversos assuntos de interesses bilaterais, inclusive as questões da não-proliferação e cooperação nuclear, entre outros temas".
"Estas visitas estavam planejadas há muito tempo", destacou.
Domingo passado, o jornal americano 'The Washington Post' indicou que o Brasil não quer a visita de inspetores da AIEA a uma fábrica de enriquecimento de urânio em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, e que as inspeções da AIEA no Brasil estão num impasse.
No entanto, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse nesta segunda-feira que isso "não tem fundamento e que o país está rigorosamente em dia" com suas obrigações internacionais neste sentido.
O Brasil possui uma das maiores reservas de urânio do mundo e o programa nuclear altamente sofisticado. Segundo analistas, a recusa do Brasil em autorizar as inspeções da AIEA na nova fábrica pode minar os esforços liderados por Washington para convencer países como Irã e Coréia do Norte a permitir fiscalizações de seus programas nucleares.
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