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Presentes dos gregos
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
22/09/2011 | 07:10
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Divulgação


Nas obras épicas Ilíada e Odisseia, escritas no século 8 a.C., Homero narra o ponto final da Guerra de Tróia, quando os gregos conseguiram destruir a cidade-estado vizinha graças à engenhosidade do herói Ulisses, que teve a ideia de presentear os troianos com um cavalo de madeira em cujos flancos escondiam-se soldados. Ingenuamente, eles aceitaram o presente e o colocaram para dentro de seus muros. À noite, os guerreiros gregos saíram do animal e abriram os portões de Tróia ao exército invasor, garantindo a vitória definitiva da Grécia em uma guerra que já se arrastava há anos. Até hoje, o episódio faz com que muita gente utilize o termo ‘presente de grego' para designar um ganho nada bem-vindo...

Mas o país também soube presentear a humanidade com atrativos históricos e naturais dignos dos deuses do Olimpo, e com uma diversidade de opções capaz de agradar tanto a gregos quanto a troianos.

Considerada o país que mais concentra monumentos antigos entre as nações europeias, a Grécia conta com uma infinidade de edificações testemunhas do glorioso passado de sua civilização, muitas delas declaradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura). A começar pela Ágora Antiga, ou praça principal, onde havia o mercado e eram realizadas assembleias populares não raras vezes ministradas pelo filósofo Sócrates.

Próximo dali, também encontram-se outras relíquias de arquitetura milenar, como o teatro de Dionísio (deus do vinho, da fertilidade e do comportamento selvagem), onde clássicas tragédias - como Édipo, Rei de Sófocles - foram realizadas pela primeira vez.

Ao lado, fica o Herodos Attikis, outro teatro, construído em semicírculo no século 2 d.C., com capacidade para 7.000 pessoas.

Mas, para os que preferem esportes a teatro, não há passeios melhores que o Templo de Zeus Olímpico (o maior da Grécia, com 104 enormes colunas de 17 metros de altura) e o antigo Estádio Romano, erguido no século 4 a.C. para abrigar os jogos da Antiguidade e reconstruído em 1896 para as primeiras Olimpíadas dos tempos modernos.

No bairro de Plaka, aos pés da Acrópole, a viagem no tempo continua por sítios arqueológicos e pelo Museu Arqueológico de Atenas, cujo acervo conta com peças que vão do período neolítico (6.100 a 2.800 a.C.) ao helenístico (340 a 30 a.C.).

Além de testemunhas de feitos heroicos, as ruas e praças serviram como fonte de inspiração a personalidades que até hoje influenciam a ciência e o pensamento ocidentais, a exemplo do político Péricles, do filósofo Anaxagore, do escultor Phidias, e dos grandes escritores Eschyle e Sófocles, entre tantos outros.

 

SOUNION

A pouco mais de 65 quilômetros da capital grega, no sítio arqueológico de Sounion, um dos mais belos espetáculos pode ser visto ao entardecer: a incrível vista do Mar Egeu e do poente aos pés do milenar Templo de Poseidon, erguido em homenagem ao Deus dos Mares.

Diz a lenda - ou melhor, o mito -, que o rei Egeu, pai de Teseu, suicidou-se lá por pensar que seu filho houvesse perdido a luta contra o Minotauro.

Ônibus da companhia KTEL saem diariamente da esquina entre as ruas Loulianou e Mavromatéon, perto do Museu Nacional Arqueológico, em Atenas, com destino ao Cabo de Sounion.  




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