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Manifestação no Chile deixa mais de 600 estudantes detidos
Da AFP
30/05/2006 | 23:22
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Os protestos estudantis que sacodem o Chile deixaram nesta terça-feira 14 feridos e 619 detidos em Santiago, sem que houvesse um acordo entre os secundaristas e o governo da presidente Michelle Bachelet, informaram fontes oficiais e os líderes do movimento.

Os líderes dos liceus de ensino médio, aos que se somaram estudantes universitários e professores, exigem uma reforma para melhorar a qualidade da educação e eliminar a brecha social que separa os alunos dos colégios privados e os dos estabelecimentos públicos, que o Estado repassou aos municípios.

"Como não estão resolvidos todos os temas, vamos manter nossas medidas de pressão pelo menos até amanhã", disse o porta-voz dos estudantes, César Valenzuela, ao final de um encontro de cinco horas com as autoridades.

Da reunião participaram 25 dirigentes estudantis e representantes do governo, liderados pelo ministro da Educação, Martín Zilic, para examinar a exigência de "uma profunda reforma educacional".

Durante as negociações, na Biblioteca Nacional, centenas de estudantes enfrentaram a polícia dos Carabineiros em uma verdadeira batalha campal no centro de Santiago, que acabou apenas ao término da reunião.

Grupos de manifestantes se reuniram no local para esperar os resultados do diálogo, mas por causas ainda não esclarecidas a polícia atirou bombas de gás lacrimogêneo para desalojá-los.

Os jovens buscaram abrigo no primeiro andar da Biblioteca, e a polícia insistiu em lançar o gás. O vapor subiu até o salão, no piso superior, onde os representantes estudantis e a equipe do governo buscavam uma saída para o conflito.

O subsecretário do Ministério do Interior, Felipe Harboe, anunciou agora à noite que 725 pessoas foram detidas em diferentes pontos do país durante os incidentes, sendo 619 somente na capital, onde também ocorreram focos de violência na Alameda, a principal avenida da cidade, e na zona do palácio presidencial de La Moneda.

A prefeitura de Santiago informou que entre os feridos por pedradas e golpes estão nove policiais, dois cinegrafistas, um fotógrafo e pelo menos dois estudantes.




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