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Programa Saúde da Família incluirá terapia comunitária
05/04/2008 | 09:31
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A terapia comunitária, experiência que surgiu em 1987 numa favela de Fortaleza (CE), vai integrar a partir deste ano o Programa Saúde da Família (PSF), do Ministério da Saúde.

Convênio firmado com a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura destinará mais de R$ 2 milhões para a formação de 1,1 mil terapeutas comunitários. O treinamento será dado a partir deste mês em centros de capacitação espalhados pelo País. “O objetivo é conseguir uma aproximação ainda maior da comunidade”, diz a representante do departamento de Atenção Básica do ministério, Carmem di Simoni.

O PSF oferece hoje atendimento médico na área de prevenção, serviço odontológico, mas ainda não contava com a área de saúde mental. As sessões de terapia comunitária têm regras simples: um após outro, os participantes dão seus depoimentos. Desfiam histórias de angústia, depressão, violência e solidão. Depois, uma das histórias é escolhida para virar tema de um debate entre os participantes.

Hoje, mais de 12 mil terapeutas já trabalham após serem treinados para conduzir as sessões. São médicos, psicólogos, enfermeiros e agentes de saúde que atuam em comunidades carentes, salões paroquiais, postos de saúde, hospitais e empresas. O lema é o mesmo para todos: “Quando a boca cala, os órgãos falam.

Os casos mais freqüentes são estresse, conflitos familiares, dependência de álcool e drogas, questões ligadas ao trabalho, depressão e violência. Não é necessário ter formação superior para ser terapeuta comunitário nem atuar na área da saúde.

O trabalho desses terapeutas passa longe da intervenção clínica, o foco está na diminuição do sofrimento e promoção da saúde mental. “A terapia comunitária acolhe, escuta, cuida e direciona melhor as demandas permitindo que só sigam para os níveis secundários de atendimento as que não foram resolvidas nesse primeiro nível de atenção”, diz o psiquiatra Adalberto Barreto, criador da terapia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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