Na luta para seduzir o motorista que aprecia deixar o seu carro sempre “brilhando”, postos de gasolina, lava-rápidos e oficinas têm produtos que prometem manter a pintura dos veículos como nova por muito tempo. Nesse sentido, a cada dia surgem “novidades” que ajudam nas lavagens, acabam com os riscos e até proporcionam brilho permanente à pintura. 

O problema é que, geralmente, o consumidor fica insatisfeito com o resultado. Na maioria das vezes, os produtos não são tão eficientes quanto parecem. Para não cair nessas “ciladas”, engenheiros automotivos aconselham os motoristas a conhecer as vantagens e desvantagens de cada produto e escolher o que realmente funciona para manter a pintura com aparência de nova por algum tempo.

Só para se ter uma idéia, há alguns anos, o termo cristalizar surgiu no mercado como uma “nova” técnica para manter a pintura original dos carros. Na verdade, a cristalização nada mais é do que um processo de polimento por meio de aplicação de uma resina acrílica com teflon, material que penetra em todas as camadas da pintura original e proporciona um brilho mais duradouro. 

Outra possibilidade é o enceramento, que se diferencia das outras técnicas graças à aplicação da cera para proteger a pintura de dilatações causadas pela variação da temperatura, enquanto o polimento remove, com um produto de massa abrasiva, manchas do veículo. Entretanto, o polimento deve ser feito apenas quando necessário, já que polir o carro em demasia pode desgastar a pintura. 

Segundo o engenheiro André Avny, proprietário da marca Ziebart no Brasil, o termo cristalizar significa, ao pé da letra, “mudar a estrutura molecular de um produto de amorfa para cristalina”. “Estão usando a palavra erroneamente por causa da falta de produtos e de tecnologia de aplicação”, diz. “Assim, como se fosse um milagre, há quem faça promessas exageradas em relação aos polimentos.” 

O engenheiro explica também que, para conseguir uma camada duradoura sobre a pintura, é necessário polimentos com produtos à base de água e que contenham o mínimo de cera e silicone. “A finalidade é retirar os contaminantes sólidos incrustados”, explica. “É bom ressaltar, contudo, que esse produto não precisa ou deve ser abrasivo para não reduzir a espessura da tinta.” Segundo Avny, durante a vida útil de um veículo não são recomendados mais do que três polimentos. retranca Cristalização pode durar até um mês Do Diário do Grande ABC O consumidor que pretende oferecer uma proteção de pintura duradoura em seu veículo deve escolher cuidadosamente a técnica a ser aplicada e, principalmente, o profissional que efetuará o serviço. No momento de escolher o processo, contudo, é interessante que o motorista saiba que, enquanto um polimento convencional dura cerca de 15 dias, a cristalização pode permanecer até um mês. 

Entre o enceramento, o polimento e a cristalização, o único processo de proteção à pintura que pode ser feito em casa é o primeiro. Nesse caso, os especialistas aconselham o consumidor inicialmente a lavar o veículo. Depois que estiver seco, deve-se aplicar, na sombra, uma pequena porção de cera com pano ou estopa limpos, esfregando com movimentos circulares e de maneira uniforme. O passo seguinte é esperar que a cera esteja seca para retirar o excesso com outro pano. O lustre deve ser feito com uma flanela por toda a lataria. 

Agora, se você acha que o enceramento custa muito tempo de mão-de-obra e oferece resultados pouco duradouros, a unidade da Ziebart do Grande ABC tem uma técnica interessante. Trata-se da proteção de pintura, uma aplicação de resina protetora que garante brilho sem a necessidade de polimentos posteriores.  

Os preços variam de acordo com o modelo do veículo. Em um compacto Gol, da Volkswagen, por exemplo, o processo custa R$ 136. Se o carro for um Vectra, da General Motors, o preço sobe para R$ 196. Essa técnica conta com garantia de um ano. — LXM Onde Encontrar – Ziebart Santo André: 4991-3099.