Segundo o biólogo do Ibama Benedito Rondon, Knaack nao tinha nenhum documento autorizando a exportaçao dos peixes. Eles foram retirados das baías de Ponte do Jacaré, na estrada que liga Poconé e Porto Cercado, a 200 quilômetros de Cuiabá.

O professor disse aos fiscais que estava levando os exemplares para fazer pesquisas na Alemanha. O Ibama acionou a embaixada alema em Brasília para comunicar o caso. Knaack é o quinto pesquisador estrangeiro envolvido em biopirataria neste ano em Mato Grosso.

O pesquisador alegou nao saber que isto era crime e nao conhecer a legislaçao brasileira. Caso fosse enquadrado na nova Lei de Crimes Ambientais, poderia ser multado em até R$ 1 milhao por espécie capturada. De acordo com a Portaria 93 do Ibama, de 7 de julho de 1998, a exportaçao ou importaçao de animais só pode ser feita por pessoa jurídica, de caráter público ou privado, registrada no órgao.

Com Knaack a fiscalizaçao encontrou apenas uma carta de recomendaçao do Natural History Museum of The Humboldt, da Universidade de Berlim. A carta é assinada pelo curador de peixes do museu, Hans-Joachim Paepke. Os peixes apreendidos - 32 Corydoras sp, nove Corydoras julei, 15 Corydoras ancistrus e 45 Pistogramas sp - sao apreciados por colecionadores em muitos países.