Política Titulo Diadema
Aliado de Adelson, Frank Miller pede afastamento da Prefeitura
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
11/02/2012 | 07:47
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O diretor de departamento da Secretaria de Segurança Alimentar de Diadema, Frank Miller (PSB), pediu ontem afastamento do cargo enquanto não se encerra a sindicância aberta pelo prefeito Mário Reali (PT) para apurar denúncias de extorsão na Pasta comandada pelo presidente do PSB municipal, Manoel José da Silva, o Adelson.

Frank é acusado pelo empresário Filipe dos Anjos, dono do Shop Serraria, de passar cheques sem fundo e com assinatura falsificada como pagamento pelo aluguel dos boxes hoje ocupados por ambulantes do bairro Serraria. Frank intermediou a transferência dos camelôs da Avenida Lico Maia ao estabelecimento e, segundo a denúncia, teria recolhido os valores com os comerciantes e não repassado ao proprietário do espaço.

A defesa do diretor de departamento argumenta que o afastamento temporário foi designado como auxílio às investigações. "Para dar lisura e transparência ao processo, optamos por recomendar a saída temporária. Se ele continuasse no cargo, poderia dar margem de conflito de interesses", afirmou Edivaldo Lubeck, advogado de Frank e Adelson no caso.

Adelson garantiu que Frank não perderá seu posto na Secretaria de Segurança Alimentar. Durante este tempo, o próprio secretário e a secretária adjunta da Pasta, Luci Aparecida Uliana (PT), dividirão os trabalhos do setor. "Não vou colocar ninguém no lugar, nem mesmo do PSB, porque confio na inocência dele. Se preciso, sentarei na cadeira dele para não deixar esfriá-la." Na semana passada, em reunião com o chefe de Gabinete do Paço, Osvaldo Misso (PT), o socialista assegurou que se Frank saísse da administração, deixaria o governo.

Na segunda-feira, Adelson comparecerá à Câmara para dar explicações sobre o caso. Além das denúncias sobre Frank, ambulantes do Serraria acusam Manoel Antônio Ferreira Santos, o Tonny Telles (PSB), de extorquir comerciantes do bairro em troca de informações privilegiadas de fiscalizações feitas pela Secretaria de Segurança Alimentar. Os camelôs disseram que Tonny arrecadava a quantia com anuência de Adelson.

Polícia e Ministério Público abriram investigações para apurar os responsáveis pela suposta prática de extorsão.

 




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