Três integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) foram presos durante a desocupação da Fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul (RS). De acordo com o comandante regional da Polícia Militar em Passo Fundo, coronel Waldir dos Reis Cerutti, os motivos das prisões foram furto de objetos, danos ao patrimônio público causados pela depredação de uma viatura e de cárcere privado de dois policiais no dia da ocupação da área. A coordenadora do MST Ana Soares nega todas as acusações, alegando que as prisões são "justificativas" para a ação do governo do estado.

No dia 1º, segundo a versão da PM, o carro da polícia militar gaúcha teve os quatro pneus cortados, além de danos em telefones celulares e no rádio transmissor dos oficiais. Cerca de 300 militares participam da operação de desocupação da Fazenda Coqueiros. Na época, o MST já havia negado a acusação.

A decisão das famílias de desocupar a Fazenda Coqueiros veio com a sinalização do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de destinar imediatamente 1,7 mil hectares para assentamentos no Rio Grande do Sul. Os integrantes do movimento estão provisoriamente numa região vizinha a da fazenda.