``Temporariamente, deixamos de voar (para Europa e Estados Unidos), mas nao temos planos de um retorno a essas rotas. O interesse da Vasp agora é aumentar a participaçao no mercado interno', disse o porta-voz da companhia, Lionel Dias.

A decisao da Vasp de deixar de voar a Miami, Madri, Barcelona, Frankfurt, Bruxelas e Zurique foi anunciada no final do mês passado, quando lhe foram embargados quatro avioes MD-11. A companhia tem débitos calculados em US$ 3,2 bilhoes.

A Vasp mantém suas rotas diárias a Buenos Aires e continua controlando as companhias latino-americanas Lloyd Aéreo Boliviano e Equatoriana de Aviaçao, cujo futuro dependerá do plano de reestruturaçao da empresa brasileira, ainda nao definido completamente, segundo Dias.

Embora descartando que Lloyd Aéreo e Equatoriana estejam oficialmente à venda, tal e como vem afirmando a imprensa local, o porta-voz reconheceu que ``o grupo Canhedo (proprietário da Vasp) é negociador e se alguém está interessado, com dinheiro na mao, pode ser que haja venda'.

A decisao da Vasp de fechar suas rotas internacionais foi considerada por analistas como um primeiro passo para a reestruturaçao do setor de linhas aéreas no Brasil, atuando no vermelho. Os prejuízos de 1999 das principais empresas brasileiras, Varig, Transbrasil, Vasp e TAM, divulgados pela imprensa, somaram R$ 400 milhoes (aproximadamente US$ 220 milhoes).