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Ex-padre que tentou matar o papa é detido na Bélgica
Do Diário do Grande ABC
17/05/2000 | 08:19
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O ex-padre espanhol Juan Fernández Krohn, que há 18 anos tentou matar o papa Joao Paulo II no santuário português de Fátima, foi detido pela polícia ontem em Bruxelas, depois de pular a barreira de segurança que cercava a Praça dos Palácios e tentar dirigir-se aos reis belgas, Albert II e Paola, que esperavam a chegada dos monarcas espanhóis Juan Carlos I e Sofia.

Segundo as autoridades belgas, o detido nao portava armas. Tratou-se, disseram, de uma prisao administrativa, e Krohn será submetido a exame para decidir uma possível internaçao.

"Eu nao matei o papa", gritou Krohn no momento em que estava sendo preso.

Fernández Krohn foi detido em Portugal em 1982, portando uma baioneta, com a intençao de assassinar o papa. Cumpriu sete anos de prisao em Lisboa e saiu em liberdade em 1990. Nos últimos anos, depois de terminar seus estudos de direito na Espanha, Krohn residia na Bélgica, onde havia sido condenado por falsificaçao de escrituras e uso de violência.

O papa Joao Paulo II completa 80 anos hoje demonstrando boa forma para dar prosseguimento ao calendário do Jubileu, uma agenda carregada para um anciao.

"Seus problemas de saúde sao inúmeros; o cansaço é evidente, mas a Providência foi generosa com Joao Paulo II: permitiu-lhe coroar o sonho de levar a Igreja ao terceiro milênio, de festejar seus 80 anos com espírito lúcido e coraçao forte, depois de 22 anos de pontificado, mantendo uma popularidade sem precedentes para um papa", comenta a revista católica Família Crista.

O papa, que parece mais velho do que é, caminha com dificuldade e tem as maos trêmulas, devido ao mal de Parkinson. Além disso, nunca se recuperou completamente das conseqüências do atentado de 1981 em plena Praça de Sao Pedro, praticado pelo terrorista turco Ali Agca. Foi operado seis vezes: duas vezes em 1981, depois do atentado, e quatro entre 1992 e 1996.




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