Após quatro meses em posse da Prefeitura de São Bernardo, o projeto de lei que autoriza o Executivo a contratar operação de crédito junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) retornou ontem à Câmara e foi aprovado. Em maio, a propositura havia sido debatida, mas falhas apontadas pelo bloco de oposição tornaram a matéria prejudicada.

A peça, que resultará em US$ 43,2 milhões (R$ 81,2 milhões) de investimentos na área de Saúde, voltou à Casa reformulada. Os apontamentos feitos pelos vereadores do PSB, PMDB e PSDB foram corrigidos pelo prefeito Luiz Marinho (PT).

"Faltavam alguns documentos e dados, como o impacto financeiro. Formalidades que devem ser respeitadas. Com isso posto, o projeto está apto", analisou o peemedebista Tunico Vieira.

Metade do montante (R$ 40,6 milhões) terá de ser aplicada pela própria Prefeitura. A outra metade será adquirida por empréstimo, com pagamento a juros baixos, em 25 anos. A verba deve entrar nos cofres municipais em três anos, porque a transação financeira tem de ser aprovada pelo Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos do Governo Federal).

Assim, o projeto iniciado em 2005, na gestão William Dib (PSB (2002 a 2008), vai demorar sete anos para ser concluído. Os recursos sob responsabilidade da administração, porém, já podem ser investidos em reformas e construções de unidades de Saúde e equipamentos. "É isso que vamos cobrar do Executivo", destacou Admir Ferro (PSDB).