Protestos e cobranças marcam mais uma vez o clássico entre São Paulo e Corinthians. A situação seria corriqueira se fosse uma partida normal, de início de campeonato, mas ganha contornos extras porque o jogo - Morumbi, a partir das 21h50 - pode colocar qualquer um dos lados na liderança do Brasileiro.

A dramatização, como já ocorreu no primeiro turno após a eliminação na Libertadores, se concentra no lado corintiano, porque o time caiu de rendimento desde o fim do primeiro turno, tem oscilado e não vence há dois jogos. Nos dois últimos confrontos perdeu, respectivamente, para Fluminense e Santos, e os torcedores voltaram a protestar contra a equipe e o técnico Tite após a derrota para o Peixe, por 3 a 1, domingo, no Pacaembu.

Ontem, integrantes de uma das torcidas organizadas foram ao CT do Timão e espalharam faixas dizendo que o clube precisa de um novo técnico, com "visão de jogo, esquema tático e liderança".

Apesar da turbulência, o presidente corintiano, Andrés Sanchez, garante que Tite será mantido mesmo em caso de derrota hoje à noite. O Corinthians está em terceiro lugar, com 43 pontos, um a menos que o Tricolor, vice-líder.

Do lado são-paulino, o clima se tornou mais tranquilo por causa da goleada (4 a 0) sobre o Ceará. Mas na derrota para o Grêmio, no jogo imediatamente anterior, o técnico Adilson Batista também era questionado por deixar Rivaldo na reserva. Portanto, um tropeço diante do rival pode transferir a pressão para o Morumbi.

O jogo marca um segundo reencontro de Adilson com o Timão. Demitido em 2010, foi derrotado no Paulista, no Pacaembu, por 3 a 1, quando comandava o Santos. No primeiro turno do Brasileiro, o Alvinegro goleou o São Paulo por 5 a 0. Só que naquela ocasião o time não contava com seus principais jogadores e era comandado por Carpergiani.

A seu favor, desta vez, o Tricolor tem o fato de jogar em casa. O clube fez mistério se Luís Fabiano vai ou não reestrear. O Timão também deve jogar completo.

Imperador atrasa, é impedido de treinar e recebe multa

O atacante Adriano voltou a pisar na bola. Não compareceu ao CT Joaquim Grava no horário estipulado para treinar, na segunda-feira, e será multado em 10% de seus vencimentos. O caso só veio à tona ontem.

Segundo o clube, o jogador, que treinou normalmente ontem, tinha sido liberado pelo departamento médico no sábado com retorno previsto às atividades na segunda, a partir das 16h. No entanto, ele só apareceu no CT do Timão por volta das 18h alegando atraso em seu voo do Rio de Janeiro para São Paulo. Só que a diretoria do clube não permitiu que ele treinasse.

"Ele disse que o voo atrasou. Não é justo segurar o pessoal aqui até depois da hora. Por isso, não deixamos que ele treinasse. O Adriano vai tomar multa normal, por falta, que é de 10% do salário", explicou o diretor de futebol, Roberto de Andrade.

Adriano se recupera de cirurgia no tendão do pé esquerdo e a previsão é que estreie dia 9, diante do Atlético-GO, no Estádio do Pacaembu. (das Agências)

Tricolor Lucas reencontra clube que o revelou

Considerado um dos principais jogadores do São Paulo, o meia Lucas revê o Corinthians, clube que o revelou para o futebol. Neste ano, o jogador ficou de fora dos dois confrontos entre as equipes porque estava na Seleção Brasileira.

Como profissional, ele enfrentou o Timão apenas uma vez, no Brasileiro de 2010. O Alvinegro venceu por 2 a 0. "Todo jogador quer disputar um clássico como este. Mas fiquei fora por boa razão, afinal estava defendendo o meu País", disse o jogador, que terá a oportunidade de completar sua trinca de gols contra os principais rivais. Em seu primeiro clássico como profissional, marcou diante do Palmeiras e depois contra o Santos.

O meio-campista deixou o Corinthians em 2006 e assinou com o Tricolor. Questionado, disse: "Daquela época ficaram na memória as coisas que conquistei na base. O momento que passava, pegava ônibus e metrô para ir treinar."

No ano passado, o presidente alvinegro, Andrés Sanchez, acusou o São Paulo de ter roubado o atleta. (das Agências)