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Grevistas da PF devem recorrer contra fim da 'Operação Padrão'
Do Diário OnLine
31/03/2004 | 23:04
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O comando de greve da PF (Polícia Federal) apresentará na manhã desta quinta-feira um embargo declaratório junto à Justiça Federal. De acordo com a categoria, o juiz Cesar Antônio Ramos (7ª Vara Federal de Brasília), que determinou aos agentes grevistas o fim imediato 'Operação Padrão' nos aeroportos do país, foi induzido a erro por parte da própria direção da PF. Os agentes alegam que de forma indireta, a decisão da Justiça impede que os policiais cumpram a lei nacional e internacional relacionada à segurança dos aeroportos – que é realizar revista minuciosa em passageiros e suas bagagens.

Apesar de discordar da determinação, desde a tarde de terça-feira a 'Operação Padrão' foi suspensa em todos os aeroportos. De acordo com o presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Francisco Garisto, a ordem da Justiça só foi acatada pois a categoria não é igual ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. "Não somos como o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que vem descumprindo a lei nestes 23 dias da greve dos policiais federais", disse.

Ainda de acordo com Garisto, o juiz Ramos deveria ter determinado à Polícia Federal o envio de um efetivo três vezes maior aos aeroportos, a fim de reduzir as filas e o tempo de espera para embarque e desembarque. Além disso, segundo o presidente da Fenapef, é necessário que o número de terminais de computadores para a checagem de cada passageiro seja maior.

Denúncia - Francisco Garisto revelou que no Aeroporto Internacional de São Paulo, os delegados estão trabalhando de forma ilegal. Eles não estariam verificando com rigor todos os passageiros. "Isso tem feito com que as filas diminuam, mas por outro lado, aumenta a insegurança" alertou o presidente da Fenapef.

Greve - Em greve desde o dia 9 de março, os policiais federais reivindicam a equiparação salarial de cargos considerados de nível superior, como escrivães, papiloscopistas e agentes federais, com os vencimentos dos delegados. O pedido tem como base uma lei de 1996, que tornou obrigatório o terceiro grau para o ingresso na PF. Durante as negociações, o Ministério da Justiça chegou a oferecer reajuste salarial de 10%, algo que foi rechaçado pela categoria.




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