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Câmbio amplia gama da Scénic
Helder Lima do Diário do Grande ABC
16/10/2001 | 18:00
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Veículos com câmbio automático são tendência no mercado brasileiro, ainda que a maior parte dos compradores tenha dinheiro apenas para o despojado 1.0. Nos próximos tempos, o equipamento que antes pertencia às linhas de luxuosos deverá apresentar-se como opcional de vários modelos, confirmando a lógica da indústria automobilística de que há um momento em que a tecnologia deve se popularizar para estender o retorno do investimento na produção.

Um dos primeiros carros a seguir essa estratégia foi a minivan Scénic, que desde o final de agosto oferece o câmbio automático como opcional. É claro que a inovação foi uma resposta da Renault à chegada de dois concorrentes de peso no segmento de monovolumes – GM Zafira e Citroën Picasso –, mas isso não deixa de confirmar a tendência de mercado para a caixa automática.

A Renault aproveitou o lançamento da nova transmissão para ampliar a gama de versões da Scénic. A linha passou a contar com seis possibilidades graças à criação da versão RT 2.0 16V – que antes era fabricada apenas com propulsor 1.6 16V – e das duas versões resultantes do câmbio automático – RT 2.0 16V e RXE 2.0 16V.

A linha da Renault passou a ser mais ampla e completa do que a concorrência, que por enquanto conta apenas com caixa manual. A GM Zafira apresenta duas versões de motorização – 2.0 com oito ou 16 válvulas – e a Citroën Picasso traz duas versões de acabamento – GLX e Exclusive – ambas equipadas com propulsor 2.0 de oito válvulas, que desenvolve 118 cv de potência máxima.

O cuidado da Renault com a Scénic, que apresenta também o mérito de ter o propulsor mais potente do segmento – desenvolve 138 cv a 5,5 mil rpm –, explica a importância desse modelo na consolidação da operação da montadora francesa no país. Ainda que a Zafira tenha assumido a liderança de vendas no segmento de monovolumes logo depois que foi lançada, a Scénic mostra um histórico de vendas invejável para os carros médios, com uma média acima de mil unidades por mês distribuídas no atacado.

Testada pelo Diário ao longo de 1 mil km, a minivan automática, na versão top RXE, mostrou versatilidade de uso, boa dirigibilidade e confiabilidade, qualidades que qualquer motorista gosta de encontrar em um modelo.

Embora mostre relativa elasticidade em certas situações, o câmbio traz um recurso auxiliar que limita as trocas até a terceira marcha por meio de um botão na alavanca. Durante o teste, esse botão foi acionado em duas situações: com chuva, para garantir maior segurança trabalhando em alta rotação, e em subidas longas, quando era preciso explorar as características de torque.




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