"América Latina e Caribe podem ter um papel decisivo nessas discussoes. É uma regiao que teve que enfrentar uma variedade de problemas (...) e dispoe de vários instrumentos regionais que têm sido eficazes", disse a secretária-geral adjunta das Naçoes Unidas, a canadense Louise Frechette.

A diplomata se reuniu nesta manha com os chanceleres dos 19 integrantes do Grupo do Rio, como parte dos trabalhos para a definiçao da posiçao da entidade na Cúpula do Milênio das Naçoes Unidas, que acontecerá no princípio de setembro em Nova York.

A cúpula da ONU levará em conta os requerimentos da nova ordem internacional, onde cada vez mais é necessário "ter instituiçoes internacionais que funcionem, que tenham estratégias de açao e que estejam adaptadas às necessidades dos indivíduos", acrescentou Frechette, que deu uma entrevista coletiva ao fim da reuniao.

A secretária adjunta disse que a regiao "precisa de uma organizaçao global, apesar de ter instituiçoes regionais muito fortes, como a Comunidade Andina de Naçoes, o Sistema Centroamericano de Integraçao e o Mercosul". O chanceler colombiano, Guillermo Fernández, disse que o Grupo do Rio espera que a reuniao da ONU se converta "em algo positivo" e nao em "simples cúpulas retóricas" sobre as realidades regionais. "A Cúpula do Milênio nao deve ser um encontro das Naçoes Unidas para o mundo, mas sim um encontro do mundo para as Naçoes Unidas", resumiu Fernández.

Os chanceleres do Grupo do Rio continuarao em reuniao nesta tarde, como parte da preparaçao do documento final, que será assinado pelos presidentes dos países do Grupo na sexta-feira. O documento também vai abordar o aspecto financeiro internacional e a política de defesa dos direitos do indivíduo.