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Salão era usado para lavar dinheiro
Tiago Dantas
Do Diário do Grande ABC
06/10/2009 | 08:13
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O salão de cabeleireiros Studio Domis, na divisa de Diadema com a Capital, era uma das empresas utilizadas pelo empresário Manoel Alves de Carvalho, 39 anos, conhecido como César, para lavar o dinheiro obtido em golpes contra bancos.

Os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado)chegaram a esta conclusão após analisar a contabilidade do lugar. Localizado em um imóvel pequeno, o salão faturou cerca de R$ 4.000 só na quinta-feira, de acordo com a contabilidade apreendida pela polícia na casa de Manoel.

Uma funcionária do local admitiu que, naquele dia, seus clientes gastaram R$ 53. "Esse fato nos chamou a atenção. Há fortes indícios que o salão e outras empresas eram usadas para lavar dinheiro", diz a promotora Mylene Comploier, que acompanha a investigação.

A promotora deve pedir, ainda nesta semana, a quebra do sigilo das contas bancárias de Manoel e das quatro pessoas presas com ele sexta-feira. "Ele não é um simples estelionatário. Os golpes que ele deu são grandes", conta Mylene.

A afirmação é justificada pelo estilo de vida que o empresário levava. Antes de se mudar para um prédio na Avenida Ítalo Setti, no Centro de São Bernardo, ele morou em uma mansão com piscina no bairro Taboão.

O MP (Ministério Público) também quer saber de que forma Manoel utilizava a empresa Vanball, que seria responsável por vender os direitos de jogadores de futebol para clubes do Exterior.

Manoel foi preso sexta-feira por estelionato e formação de quadrilha. Ele é acusado de fazer parte de um grupo que falsificava documentos públicos - como RGs e CPFs - para abrir contas bancárias e pegar empréstimos que nunca eram pagos. O esquema teria movimentado R$ 2 milhões ano passado.




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