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Supermercados descumprem valores de encartes anunciados em promoções
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
20/03/2010 | 07:00
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A divergência entre os preços anunciados em promoções e o valor praticado pelos supermercados no caixa pode chegar a até R$ 15 em alguns produtos. É o que revela pesquisa realizada pela Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) em estabelecimentos de São Paulo e do Rio de Janeiro. A maior discrepância foi verificada no champgnon, anunciado por R$ 19,90 e vendido por R$ 34,90.

O estudo também mostra que 10% dos produtos anunciados não estavam disponíveis nas prateleiras. Além disso, a falta do preço original afixado nas gôndolas ao lado do valor promocional é outro problema verificado pela Pro Teste. De acordo com a entidade, apenas 26% dos estabelecimentos cumprem a medida que auxilia o consumidor a conferir as diferenças antes da compra. A associação avalia ainda que a falta de itens anunciados nos cartazes revela que muitos lugares oferecem produtos sem tê-los em quantidade suficiente para sustentar a promoção por todo o período.

DICA - Para fugir de problemas, a Proteste alerta que o consumidor deve prestar atenção na hora que enche o carrinho e, principalmente, na hora de passar os itens pelo caixa. Segundo a entidade, a diferença não abrange todos os produtos. "Em caso de divergência de preço, o consumidor tem direito de pagar o menor valor. Por isso, é preciso ficar atento para não ter prejuízos", recomenda a associação.

Questionadas, as grandes redes negam os problemas (veja mais ao lado). E, como forma de provar que a pesquisa feita pela Pro Teste não condiz com o praticado nos supermercados, os grupos destacam que a competitividade de preços é uma das principais armas para atrair clientes. Segundo eles, além de cumprir os valores estabelecidos em campanhas promocionais, os varejistas trabalham para pôr em prática qualquer oferta feita pela concorrência.

De fato, na maioria dos supermercados, quando ocorre divergência de preços, prevalece o menor valor. No entanto, para isso, o consumidor tem que detectar o problema para exigir que o seu direito seja assegurado.

Na região, Valdomiro Sanches Bardine, gerente geral de operações da Coop, atesta que os estoques dos produtos oferecidos a preços promocionais são negociados com fornecedores antes da impressão dos encartes. "Isso é ponto de honra. Se anunciamos o produto, aquele preço é garantido. Não colocamos quantos itens temos disponíveis, só em produto de valor agregado alto e se percebemos que o estoque pode não ser suficiente, como eletrodomésticos, por exemplo, mas não é comum", explica o executivo.




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