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Servidores terão aumento salarial de 7%
Raphael Di Cunto
Especial para o Diário
03/06/2010 | 09:16
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A Câmara de Rio Grande da Serra aprovou ontem dois projetos de interesse dos funcionários públicos da cidade: o aumento salarial deste ano, de 7%, e a redução do custo do plano de saúde dos servidores em até 48%.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Rio Grande, Hilton Olivares, conhecido como Pintado, o pacote foi negociado junto ao prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB). "O Kiko queria dar apenas 5% de aumento, enquanto o sindicato reivindicava 11%. No fim, conseguimos chegar a um acordo satisfatório", afirmou.

A porcentagem de 7% foi adotada com base em estudo da Secretaria de Finanças que indicava existir compatibilidade orçamentária para esse acréscimo. Atualmente, a Prefeitura de Rio Grande da Serra gasta 44% da receita com pagamento de funcionários e benefícios, equivalentes a R$ 1,6 milhão por mês, segundo a titular de Finanças, Antônia Constâncio. Com o aumento, o custo do quadro de funcionários crescerá em aproximadamente R$ 100 mil mensais.

O reajuste não vale para os funcionários do magistério (professores), que já obtiveram revisão salarial em janeiro, nem para os servidores que recebem salário-mínimo, já reajustado pelo governo federal e hoje em R$ 510.

A categoria pressionava pela revisão dos salários desde abril - a data base dos servidores é em 1º de maio. Porém, segundo a secretária de Finanças, há reservas para quitar tanto o pagamento de junho quanto o valor retroativo de maio.

Os vereadores também aprovaram ontem a revisão nos custos do convênio médico. O plano de saúde, prestado pela Santa Mália, subiu de R$ 183,26 por funcionário em 2009 para R$ 197,92 neste ano. Porém, em acordo com o sindicato, o prefeito decidiu não repassar o aumento para os servidores - ao contrário, estendeu o subsídio pago à empresa, o que reduziu o desconto na folha de pagamento entre 29% e 48%.

O funcionário com vencimento entre R$ 510 e R$ 620, por exemplo, pagava de R$ 83,30 a R$ 95,20 em 2009. Com a alteração na lei, os servidores nesta faixa salarial terão descontados em folha apenas R$ 59,30 - diferença de 29%.

Já o funcionário que recebe de R$ 624 a R$ 727 pagava R$ 119. A mudança no sistema de cobrança reduzirá o custo para R$ 62 - 48% a menos.

O presidente do sindicato afirmou ainda que há outras negociações em andamento com o Executivo. "O prefeito aguarda o impacto financeiro do aumento para avalizar a entrega de cestas básicas para os funcionários", afirmou.

Presidente da Câmara, Guerra critica prefeito Kiko
O presidente da Câmara de Rio Grande da Serra, Edvaldo Guerra (PV), criticou ontem o prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB), por retirar uma equipe que fazia a manutenção da Rua Guilherme Pinto Monteiro, no Centro da cidade, para tapar buracos na frente da garagem da Prefeitura.

"Mais uma vez o prefeito mostra descaso com a população daquele lado (a Guilherme Pinto Monteiro liga o Centro a bairros mais pobres, como Vila Lopes, Vila São João e Vila Marco)", criticou o parlamentar.

As críticas somam-se a outras feitas pelo político que, comentam, se aproxima da oposição após o prefeito manifestar apoio ao secretário de Obras, Luis Gabriel da Silveira, conhecido como Maranhão, como seu sucessor no comando da cidade.

Os vereadores petistas Claudio Manoel de Melo e Cleson Alves de Sousa endossaram as reclamações. "O secretário tem que trabalhar com inteligência. Quem está trazendo dinheiro para as obras são os deputados estaduais por intermédio desta Câmara", pontuou Cleson.

Os ataque só acabaram após intervenção do vereador Waldir Marques (PSDB), que convocou os parlamentares a voltarem para a pauta. "Vocês estão fugindo do tema dos projetos, o que é proibido pelo regimento", alegou o tucano.




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