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Paulo Renato vai negociar salários com universidades
Do Diário do Grande ABC
08/06/2000 | 17:48
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O ministro da Educaçao, Paulo Renato Souza , afirmou quinta-feira que vai abrir um canal de negociaçao com as 39 universidade públicas brasileiras para tentar resolver o problema salarial dos funcionários.

Em greve há um mês, como os funcionários públicos, querem reajuste de 63%. Os professores também aderiram ao movimento, que vem crescendo. "Essa foi uma reivindicaçao dos reitores e, assim que acabar a greve, vamos começar a negociar", disse o ministro. "Até agora nao havíamos entrado na negociaçao."

Segundo informaçoes passadas ao MEC pelas reitorias, apenas duas universidades federais, a Rural, do RJ, e a de Mato Grosso, estao completamente paradas.

Outras cinco, do Maranhao, Rio Grande (RS), Pernambuco, Rondônia e a UniRio funcionam normalmente. Nas outras, a situaçao varia, desde Alagoas, 90% dos professores, 60% dos funcionários e 100% dos alunos estao em greve, até Uberlândia onde 2% dos funcionários aderiram, professores e alunos, nao.

Empresários cariocas sugeriram ao ministro a criaçao de uma lei de incentivo à educaçao, com renúncia fiscal, a exemplo das que existem para a cultura, como a Rouanet e a do Audiovisual.

A proposta surge num momento em que os principais usuários destas leis, como a Petrobrás, Shell e Coca-cola, reorientam suas verbas de patrocínio exatamente para a educaçao. "É uma boa iniciativa, especialmente para o ensino do jovem e do adulto, se nao for a única fonte de recursos para o setor", disse Paulo Renato.

"Atualmente, alguns Estados gastam R$ 1 bilhao por ano só no ensino fundamental e os recursos de uma lei como esta sao uma pequena porcentagem desse total."

Provao e Enem- O ministro comemorou o aumento do número de formandos de cursos superiores que participam do Provao (avaliaçao do ensino das universidades), que quase quadruplicou de 1996 até agora.

Segundo dados dos Ministério da Educaçao, 214.924 alunos de 2.938 cursos participam do Provao, no próximo domingo, contra os 59 mil alunos da primeira ediçao. "Algumas empresas já estao usando a nota do Provao como um dos critérios para admissao", disse.

Já o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que nao é obrigatório, teve inscriçoes abertas esta semana. A expectativa é chegar a 500 mil alunos, contra os 120 mil do primeiro exame, em 1997. "É interessante notar que hoje 110 universidades, aceitam o Enem como exame de admissao", informou Paulo Renato.




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