Além de acenar com a possibilidade de isentar de IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) o material reciclado utilizado pelas indústrias, o governo federal tem ampliado o apoio às cooperativas de trabalhadores que realizam a coleta, triagem e separação desses itens, para enviar ao setor industrial.
Há poucos dias, a Cooperlimpa, de Diadema, foi contemplada com R$ 506 mil do programa do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) em recursos não-reembolsáveis (a fundo perdido), para a compra de equipamentos (esteiras, caminhão etc) e cursos de capacitação para os cooperados.
Com os recursos, a Cooperlimpa, atualmente composta por 15 integrantes, acelera os planos de expansão. "Queremos chegar a 50 cooperados em breve. Contamos com o apoio também da prefeitura para isso", afirma a diretora, Kelly Janaína Monteiro.
Fundada há dez anos, a organização atua fazendo a triagem, separação, prensa e comercialização de cerca de 40 toneladas mensais de produtos diversos (plástico, metal, vidro, papel e papelão).
A retirada mensal (quanto cada um recebe por mês, que corresponde ao salário) varia de acordo com a demanda, mas, em média, é de R$ 500, afirma Kelly.
A dirigente cita que a crise, no final do ano passado, atrapalhou, mas a procura voltou a subir nos últimos meses. A Cooperlimpa já atendeu grupos como a Suzano e a Papirus Editora, no ramo papeleiro.
RENDA
Há outras experiências semelhantes na região. Com o apoio da prefeitura de Santo André, duas cooperativas de trabalhadores que trabalham com a separação de material reciclado empregam mais de 100 pessoas. São elas a Coop Cidade Limpa, formada por 32 cooperados, que tem retirada mensal média de R$ 500; e a Coopcicla, que é composta por outras 83 pessoas e retirada que gira em R$ 700.
As empresas fazem a triagem e comercializam o material, recebido do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), que faz a coleta seletiva.
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